Com a saúde da pele, a beleza natural da pessoa idosa é destacada e, com ela, a autoestima.
Elizabete De Marchi (*)
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Em minha experiência profissional na clínica de Biomedicina Estética Avançada, com atendimento Humanizado, percebi que o maior público atendido é o de mulheres com mais de cinquenta anos. Entre elas, inúmeras idosas, inclusive uma delas, com 78 anos, demonstra sua felicidade nos retornos para a continuidade do tratamento, sentindo-se “lindeusa”. Pois, com a saúde da pele, a beleza natural da pessoa idosa será destacada e, com ela, virá a melhoria da autoestima e do amor-próprio.
“Lindeusa” é como eu carinhosamente chamo minhas pacientes. Este termo surgiu espontaneamente durante uma consulta com uma paciente, quando procurei demonstrar para ela que a autoestima elevada é um fator indispensável para a qualidade de vida. Que o bem-cuidar da pele lhe trouxera benefícios tanto à saúde, como o destaque à beleza natural que existia nela e que vinha surgindo mais e mais com os benefícios de uma pele saudável.
Sim, pessoas idosas podem realizar procedimentos, em tratamentos estéticos, desde que queiram cuidar bem da saúde da pele e tenham indicação para tal, por uma biomédica esteta especialista. Entretanto, por questões éticas e de segurança à saúde das pessoas, sempre é indispensável elas passarem primeiramente por uma consulta biomédica.
Durante as fases da vida, a beleza individual gradativamente passa por alterações. A pele pode afinar, pode ressecar. As marcas tão naturais do processo de envelhecimento humano vão surgindo. Em algumas pessoas, mais rapidamente. Em outras, que mantém melhores cuidados com a pele, o gerenciamento dos efeitos do envelhecimento cutâneo é realizado de uma forma adequada. Com isto, a pele terá mais saúde e, também, mais beleza natural.
Da mesma forma, há muita importância de a família incentivar pessoas idosas a terem cuidados com a saúde, tanto de forma preventiva, bem como de forma corretiva. Neste sentido, em ambas as situações, a ciência da Biomedicina Estética é uma aliada das pessoas idosas.
Com o convívio com tantas pessoas idosas na clínica, percebi que em algumas histórias de vida nem sempre elas contaram com o apoio dos familiares. Por vezes, não entendiam o porquê de respostas como: “na sua idade vai gastar com isto” [os tratamentos estéticos]. Para mim, a resposta é simples: porque se aquela pessoa idosa quer cuidar bem da saúde da sua pele, ela pode! Porque ela merece cuidar de si mesma e sentir-se feliz com os benefícios decorrentes de tais cuidados. Simples assim.
A ciência – e tantas histórias familiares – mostra a importância de os familiares colaborarem com os cuidados de saúde das pessoas idosas, incentivando-as com a proteção à saúde. Incentivar passa por conversar, por explicar a necessidade de as pessoas idosas terem cuidados com a saúde, bem como, sempre que possível e necessário, estar junto, acompanhando-as nas consultas e exames de saúde, por exemplo.
Ainda existe certa dose de questionamento, quase que um “julgamento” sobre as decisões que pessoas idosas têm em relação a passar por tratamentos estéticos. Como se elas não pudessem mais investir nelas mesmas pela idade. Para algumas pessoas, o limiar da idade avançando é um fator excludente do direito ao cuidado estético. Diferente de tais pessoas, penso que toda pessoa que queira e que tenha indicação de um tratamento estético à saúde da pele tem o direito de seguir em frente, cuidando de sua vida. A empatia dos familiares é importante também, pois é uma forma de motivar as pessoas idosas queridas. Tal comportamento faz as pessoas idosas perceberem que elas são também importantes na vida dos seus familiares.
(*) Elizabete De Marchi é biomédica, com especialização em harmonização facial. Site: www.elizabetedemarchi.com.br. Instagram: @draelizabetedemarchi.
Foto de Anderson Guerra/pexels.
