Com este reconhecimento do Governo brasileiro, Zilda Arns passa a integrar a lista dos heróis e heroínas do Brasil, ficando seu nome inscrito e público para a memória do País.
Crismédio Costa (*)
Foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Lei 14.552/23, que inscreve o nome de Zilda Arns Neumann no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. De acordo com informações da Agência Senado, herói ou heroína da pátria é um título dado a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país. O nome é registrado no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria — ou Livro de Aço, pois a obra de fato é formada por páginas de aço — abrigado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília”.
Criado em 1992, o livro reúne protagonistas da liberdade, da democracia e da defesa dos Direitos Humanos, que dedicaram sua vida ao país em algum momento da história. A inscrição de um novo personagem depende de lei aprovada no Congresso.
Até março de 2023, 64 títulos foram inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, sendo 51 homens e 13 mulheres. São militares, escritores ou intelectuais, revolucionários, políticos, enfermeiros, inventores, músicos e um imperador.
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Entre os heróis e heroínas brasileiros, estão nomes como Tiradentes, Anita Garibaldi, Chico Mendes, Zumbi dos Palmares, Machado de Assis, Chico Xavier, Santos Dumont, Zuzu Angel, Nise Magalhães da Silveira e agora Zilda Arns. Portanto, o Livro é um documento que preserva os nomes de figuras que marcaram a história do Brasil.
Zilda, a fundadora
Dra. Zilda, como era carinhosamente chamada, era uma mulher genuinamente afetuosa e leve. Seu sorriso era cativante e motivador. Mulher, mãe, médica e missionária, assim, Zilda viveu sua trajetória existencial entre nós.
Fundou a Pastoral da Criança e a Pastoral da Pessoa Idosa, instituições vinculadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, de grande relevância para o combate da desigualdade no país e em vários países também.
Com este reconhecimento do Governo brasileiro, Zilda passa a integrar a lista dos heróis e heroínas do Brasil, ficando seu nome inscrito e público para a memória do País onde nasceu, cresceu e defendeu com ciência, ativismo e muita esperança. Ela percorreu os quatro cantos do Brasil, conhecendo e animando o voluntariado das duas pastorais por ela idealizadas. Ganhou o coração do povo com seu jeito acolhedor e humanista. Políticos, líderes religiosos e autoridades faziam questão de ouvi-la e aprender com sua sabedoria de vida.
De acordo com o senador Flávio Arns em declaração à Agência Senado, “o registro de nossos heróis e heroínas é fundamental para a preservação da memória sobre nosso passado. Ao mesmo tempo, é uma forma de reconhecer os valores defendidos por esses personagens, que se destacaram na luta por liberdade, democracia, cidadania e defesa do nosso país. Imortalizar essas personalidades significa tornar perene seus exemplos, como referência que devemos seguir no tempo presente e pelas futuras gerações”.
Zilda Arns faleceu em 2010, vítima de um terremoto em Porto Príncipe, capital do Haiti, onde estava em missão humanitária para introduzir a Pastoral da Criança no país
Tal iniciativa do Brasil deu ênfase e valorização a tantas iniciativas que promovem e defendem os direitos humanos das pessoas idosas e minorias desassistidas. O movimento Vidas Idosas Importam se une a cada ativista, especialista e pessoas idosas para celebrar este memorável feito em prol da vida humana, pois, proteger a vida até o fim é o que fazemos e buscamos todo dia.
Por sua grande obra, obrigado Dra. Zilda!
Queremos caminhar na luz dos seus passos e valores, queremos como você, levar vida em plenitude para todas as pessoas de todas as idades!
(*) Crismédio Costa – Ex-coordenador estadual da Pastoral da Pessoa Idosa (AL).
