A habitação deve ser entendida no sentido de pertencimento, de usufruto e de direito à moradia digna e à cidade, incluindo a oferta e o acesso por parte da população à rede de infraestrutura urbana e aos equipamentos públicos.
Por Maria Luisa Trindade Bestetti e Bibiana Graeff (*)
Temos o prazer de oferecer ao público interessado nas questões do envelhecimento e da moradia este significativo trabalho feito a muitas mãos, considerando diversas vertentes da habitação e da cidade enquanto ambiências… Como espaços que impactam na saúde e no bem-estar dos indivíduos e dos grupos, é fundamental conhecer suas perspectivas diversas, seja pela permanência longa ou transitória das pessoas ou, mesmo, pelo uso individual ou coletivo.
A Gerontologia exige um olhar biopsicossocial, capaz de oferecer respostas a demandas relacionadas ao envelhecimento e à velhice, sendo importante considerar desafios de gestão em equipes multiprofissionais que assistem pessoas idosas, que apresentam demandas diferenciadas e heterogêneas quanto à sua condição de habitar. Vale ressaltar que a habitação deve ser entendida em um sentido mais abrangente e sistêmico, no sentido de pertencimento, de usufruto e de direito à moradia digna e à cidade, incluindo a oferta e o acesso por parte da população à rede de infraestrutura urbana e aos equipamentos públicos. Refere-se ao pertencimento ao território e à inclusão dentro de um amplo contexto urbano, em busca de plena qualidade de vida no ambiente construído.
Debates, projetos e iniciativas que encarem e promovam a habitação nessa perspectiva são recentes e, muitas vezes, ainda incipientes. Contudo, programas tais como a Estratégia Cidade Amiga do Idoso, da Organização Mundial da Saúde, demonstram o quanto o tema da habitação para um envelhecimento digno vem ultrapassando as barreiras locais e nacionais, despertando o interesse de instâncias internacionais. Relacionando-se com disciplina do programa de Mestrado em Gerontologia da EACH USP, esta publicação se justifica pelo seu ineditismo no Brasil e pela carência de material publicado, hoje ainda restrito ao âmbito acadêmico, e que necessita de uma divulgação ampliada.
Desejamos que se torne um material de referência e que, dele, muitas pesquisas mais sejam desenvolvidas, para que possamos efetivamente termos o envelhecimento digno a que todos temos direito.
(*) Maria Luisa Trindade Bestetti – Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. É professora adjunta da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, atuando na Graduação e Pós-Graduação em Gerontologia.
Bibiana Graeff – Possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com doutorado em Direito pela Université de Paris 1, Panthéon-Sorbonne, e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora adjunta da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, atuando na Graduação e Pós-Graduação em Gerontologia, assim como na Pós-Graduação da Faculdade de Direito.
Habitação e Cidade para o Envelhecimento Digno
Formato: 16 x 23
Tamanho: 338 páginas
Papel/capa: cartão duplex 250g
Papel/miolo: pólen 80gr
Preço: 49,90
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