Dados do INTO apontam que quanto maior a idade, maior o risco de quedas.
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As quedas são a terceira causa de morte de pessoas idosas e, no Brasil, esse fator aumentou em quase 100% em 10 anos, de acordo com o Ministério da Saúde. A reportagem de Rone Carvalho para a BBC, intitulada “ O que explica o aumento das mortes de idosos por quedas no Brasil”, aponta os cuidados que podem ser assumidos para evitar esses riscos.
Os dados do Ministério da Saúde também revelam que esse tipo de acidente tem crescido de forma acelerada no país. Em 2013, 4.816 idosos morreram vítimas de queda da própria altura. Já em 2022, esse número saltou para 9.592 óbitos. Considerada a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos, as quedas mataram 70.516 idosos, entre 2013 e 2022, no país.
O aumento desse número deve-se principalmente ao aumento da expectativa de vida, o que determina a presença de mais pessoas idosas no espaço público. Outros fatores apontados na reportagem referem-se à subnotificação desse tipo de acidente e a falta de políticas públicas dedicadas à melhoria das condições de caminhabilidade.
Apesar de tombos serem frequentes durante a vida, é após os 60 anos que eles podem se tornar mais comuns.
A perda de massa muscular é uma causa importante, pois o condicionamento físico melhora a resposta a desequilíbrios e reforça a funcionalidade para caminhar. Por outro lado, a condição de saúde pode gerar vertigens, desorientação e até desmaios, que podem gerar quedas. Além disso, interações medicamentosas podem ocasionar efeitos colaterais e, consequentemente, gerar condições favoráveis a erros de percepção.
Também entra na lista de motivos que nos fazem cair mais ao envelhecer outras comorbidades corriqueiras do avanço da idade. É o caso de doenças nas articulações, que tendem a ficar mais frágeis. Por isso, por exemplo, situações de artrose — causada pelo desgaste progressivo da cartilagem e inflamação da articulação — são corriqueiras após os 60 anos, sendo capazes de causar tropeços fatais e consequentes quedas.
Não somente devido à força muscular, mas também em função da tendência à osteoporose, mais recorrente em mulheres, essa condição evidencia que elas caem mais do que homens. Porém, para ambos a perda de acuidade visual é outro fator que pode determinar menor funcionalidade, com risco de queda.
Dados do INTO [Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia] apontam que quanto maior a idade, maior o risco de queda. Isso porque, entre os idosos com 80 anos ou mais, em média, 40% deles sofrem ao menos algum tipo de queda todos os anos.
Esses diversos fatores que evidenciam a tendência a quedas por pessoas idosas indicam a importância do planejamento adequado do ambiente construído, seja ele a unidade habitacional ou o espaço público. Informação correta e políticas públicas para melhores condições de caminhabilidade são necessárias e fatores decisivos para mudar esse quadro nada animador sobre mortes por quedas.
Foto de JackerKun/pexels.
