Quedas em idosos

Quedas em idosos

As quedas representam um sério e frequente acidente doméstico que ocorre com os idosos e, um dos principais índices de óbito de pessoas acima dos 65 anos.

 

Um grande problema de saúde pública e de impacto social são as quedas sofridas pelos idosos. Isso não ocorre somente no Brasil, mas em todos os países que estão passando por um crescimento da população idosa.

Quando pensamos em quedas, não imaginamos o que antecede este evento e sua consequência. São eventos frequentes em qualquer idade, mas devemos estar muito alertas quando isso ocorre com os idosos. A queda é um sério e mais frequente acidente doméstico que ocorre com os idosos e, um dos principais índices de óbito de pessoas acima dos 65 anos, risco este que aumenta com o avançar da idade.

A estimativa da incidência de quedas por faixa etária é de 28% a 35% nos idosos com mais de 65 anos e, de 32% a 42% naqueles com mais de 75 anos. No Brasil, cerca de 29% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e 13% caem de forma recorrente. Os que já sofreram uma queda apresentam risco mais elevado para cair, entre 60% e 70% no ano seguinte.

Queda é uma mudança de posição não intencional e que faz com que o indivíduo permaneça em um nível inferior do que se encontrava anteriormente. Existem classificações para as quedas, que ocorrem de acordo com sua frequência, podendo ser acidental ou recorrente, relacionada ao tempo em que o indivíduo permanece no chão e se tem ou não presença de lesões, podendo ser leve ou grave.

Os fatores de risco podem ser classificados em três categorias: Individuais: história prévia de queda, idade, sexo feminino, condição clínica, medicação, alteração da marcha e equilíbrio, déficit visual e declínio cognitivo. Externos: iluminação inadequada, tapetes soltos, superfícies escorregadias, obstáculos nos caminhos, ausência de corrimão, prateleiras altas ou muito baixas, sapatos e roupas inadequadas, degraus altos e estreito e via pública malconservada. Comportamentais: sedentarismo, uso de bebida alcoólica e uso de medicação por conta própria.

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Com o aumento dessa população devemos ter um olhar mais cauteloso, pois, com o envelhecimento são esperadas alterações fisiológicas que podem ser fatores que predispõem às quedas. É de grande importância o acompanhamento da fisioterapia para prevenção com o objetivo de diminuir a morbidade e mortalidade, custos hospitalares e consequentemente institucionalização, pois, as complicações decorrentes das quedas representam um grande impacto na qualidade de vida dessa população.

As possíveis consequências podem ser a diminuição da capacidade funcional, nível da atividade física, ferimentos, fraturas, declínio na qualidade de vida, dependência, isolamento social, depressão, aumento da mortalidade, gerando alto custo com a saúde, incentiva ou antecipa a institucionalização, gera medo de cair e risco de morte.

O fisioterapeuta pode estar atuando na prevenção e na recuperação de quedas com exercícios objetivando que o indivíduo obtenha ou melhore sua flexibilidade, força muscular e equilíbrio; orientando sobre calçados e roupas adequados, avaliando a necessidade de um dispositivo auxiliar de marcha e se for necessário, vai realizar o treino desse dispositivo em marcha e nas suas transferências. Se necessário, realizará uma consultoria no domicílio do idoso para orientar os riscos de quedas encontrados, para possíveis mudanças e adaptações. Devemos sempre pensar na prevenção de quedas, isso compõe uma política pública indispensável e atualmente prevenir esse evento é apontado como uma boa conduta geriátrica e gerontológica.

Referências

FREITAS, Elizabete Viana de; PY, Ligia. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4º edição. Rio de Janeiro- RJ: Guanabara Koogan, 2016.

PEREIRA, S.R.M; BUKSMAN, S; PERRACINI, M; PY, L, BARRETO, K.M.L; LEITE, V.M.M. Quedas em idosos. Projetos e Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. 2001. Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/diretrizes/quedas_idosos.pdf.

 

Andreia de Sousa

Fisioterapeuta formada pela Universidade Paulista, com Especialização em Gerontologia pelo HCFMUSP, realiza atendimento fisioterapêutico de idosos em atendimentos domiciliares e em residenciais de idosos. Idealizadora da página ‘Geronto Por Amor’ @gerontoporamor do Instagram. E-mail: [email protected].

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Fisioterapeuta formada pela Universidade Paulista, com Especialização em Gerontologia pelo HCFMUSP, realiza atendimento fisioterapêutico de idosos em atendimentos domiciliares e em residenciais de idosos. Idealizadora da página ‘Geronto Por Amor’ @gerontoporamor do Instagram. E-mail: [email protected].

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