Velhices plurais, envelhecimento e lazer, bem-estar financeiro… são alguns temas de pesquisas.
O 1o Congresso Internacional Envelhecer com Futuro (Cief) também apresentará diversos estudos, resultado de pesquisas selecionadas pelo Edital Acadêmico, edição 2023, promovido pelo Itaú Viver Mais e Portal do Envelhecimento. O Edital vem apoiando nestes últimos anos investigações acadêmicas na área da longevidade, indicando caminhos baseados na proteção dos direitos humanos e na política do envelhecimento ativo.
O Edital, que concretiza uma nova modalidade de investimento social voltado à pesquisa acadêmica, elegeu na edição passada linhas de pesquisa específicas, relevantes para a integração da academia e da sociedade, a saber: a) Educação e saúde financeira; b) Segurança de acesso a bens e serviços; c) Meio ambiente e desenvolvimento sustentável; d) Envelhecimento e diversidade; e) Feminização da velhice; f) Novos modelos de negócio e geração de renda; e g) Educação e Aprendizagem ao longo da vida.
O resultado desse Edital estará compondo as diversas mesas do I Cief, nos dias 30 de setembro e 01 de outubro. Acompanhe a seguir a síntese de cada uma delas.
CONFIRA TAMBÉM:
Pesquisas selecionadas
1 – Lazer e envelhecimento em comunidades tradicionais na Amazônia Paraense: A pesquisa a ser apresentada por Mirleide Chaar Bahia investiga as práticas de lazer entre os idosos dessas comunidades, ressaltando como a falta de políticas públicas de lazer afeta diretamente o bem-estar dessa população. O estudo revela que, além de proporcionar diversão, o lazer contribui para a saúde física e mental, fortalecendo as interações sociais e promovendo um envelhecimento mais saudável.
2 – Envelhecimento de pessoas em situação de rua em Aracaju: Matheus de Oliveira Barros explora os desafios enfrentados por pessoas idosas em situação de rua, um grupo marginalizado e historicamente invisibilizado. A pesquisa busca entender as estratégias de sobrevivência dessas pessoas e como elas lidam com o processo de envelhecimento em um contexto de extrema precariedade.
3 – Envelhecimento transgênero e o sistema previdenciário: Jaqueline Galdino da Silva realiza um estudo comparado entre o Brasil e o Uruguai, analisando como o sistema previdenciário lida com as demandas específicas da população transgênero idosa. A pesquisa destaca a exclusão enfrentada por essas pessoas em um sistema previdenciário estruturado em torno de uma lógica binária de gênero, e propõe mudanças para garantir direitos plenos a esse grupo.
4 – Velhice indígena: inquérito de saúde do povo Xikrin do Cateté: Tatiane Bahia do Vale Silva coordena um inquérito epidemiológico sobre a saúde dos idosos da etnia Xikrin, uma das populações indígenas do Pará. A pesquisa busca mapear o perfil de saúde e vulnerabilidades dessa população, destacando a necessidade de políticas públicas que levem em consideração as especificidades culturais dos povos indígenas no Brasil.
5) Representatividade Feminina 60+ e seu impacto na qualidade de vida de idosas de baixa renda: Maria Creuza Borges de Araújo lidera a pesquisa que busca entender a relação entre a representatividade feminina e a qualidade de vida de mulheres idosas de baixa renda. Para isso, entrevistou mulheres atendidas por Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) na região do Brejo Paraibano. Os resultados obtidos subsidiarão a criação de um minicurso para profissionais do CRAS e uma cartilha sobre mulheres idosas, visando melhorar a qualidade de vida e a visibilidade dessas mulheres.
6 – O corpo da mulher preta, idosa, nordestina e periférica: as marcas invisíveis de um mercado de trabalho excludente: Thiago Medeiros da Costa Daniele coordena a pesquisa sobre como as marcas invisíveis da sociedade e do mercado de trabalho afetam a autopercepção e a autoestima de mulheres idosas, pretas e periféricas da Comunidade do Dendê (Fortaleza-CE). Através de entrevistas e observação, o estudo analisa como essas marcas impactam a saúde, as relações sociais e culturais dessas mulheres, e como esse processo pode ser um símbolo de resistência para as novas gerações.
7 – Reações de idosos a mensagens que podem afetar sua saúde financeira e geral: uma proposta educacional: Flávio Morgado (São Paulo-SP) busca avaliar como a desinformação impacta a saúde física, mental e financeira de idosos. A pesquisa utilizou a gamificação para engajar os participantes e coletar dados sobre suas reações a diferentes tipos de informações. A análise dos dados permite propor ações educativas para combater a desinformação entre idosos, baseando-se na dificuldade do ser humano em lidar com o excesso de informações.
8 – Velhices Plurais: quem são as pessoas idosas da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro? Carlos Eduardo da Silva Santos (Seropédica, RJ) busca contribuir para a qualificação de políticas públicas que possibilitem um atendimento adequado às pessoas idosas, bem como lançar luz acerca de instrumentos já elaborados e implementados que, quando potencializados, podem trazer impactos significativos para a população idosa, como é o caso dos grupos populacionais tradicionais e específicos – GPTE’S. Estes podem contribuir para o amplo conhecimento das demandas da população idosa, uma vez que possibilitam a identificação de especificidades que estão relacionadas à pluralidade deste grupo, propiciando, assim, uma visão ampliada e fidedigna da realidade enfrentada por este público.
9 – Bem-estar Financeiro, Endividamento e Preparação para a Aposentadoria dos Idosos: Kelmara Mendes Vieira (Santa Maria, RS), afetada pelos reflexos que o endividamento e a falta de preparação para a aposentadoria trazem para a economia do país e as suas implicações na saúde dos indivíduos propôs desenvolver um modelo para avaliação do impacto do risco de endividamento e da preparação financeira para a aposentadoria no bem-estar financeiro dos idosos em um contexto adverso, como as enchentes do Rio Grande do Sul.
10 – A Força da Mulher Idosa frente às Tragédias Climáticas: Anna Silvia Lopes Fonseca (Porto Alegre, RS), em face dos trágicos eventos climáticos que assolaram o Estado do Rio Grande do Sul, buscou conhecer a realidade do município gaúcho de Muçum quanto às ações e estruturas de prevenção, comunicação e auxílio às populações mais fragilizadas, como as mulheres idosas. O estudo nos permite conhecer e compreender quais os pontos primordiais na prevenção de atos e acontecimentos derivados das cada vez mais comuns tragédias climáticas, tão prejudiciais às populações mais fragilizadas.
Pesquisadores Convidados
Além das pesquisas submetidas ao edital, o Congresso contará com a participação de pesquisadores convidados, apoiados pelo Itaú Viver Mais, que discutem temas relacionados ao envelhecimento e ao cuidado de grupos marginalizados, como a comunidade LGBT+ e a população afrodescendente. Esses estudos destacam as interseccionalidades presentes na velhice e como diferentes grupos enfrentam desafios únicos. Outra pesquisa apoiada trata do envelhecimento populacional e seu impacto na economia do país.
11 – Envelhecimento e cuidado na comunidade LGBT+: Priscila Vieira, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento – CEBRAP, explora as questões de envelhecimento e cuidado na comunidade LGBT+, destacando como essa população enfrenta desafios específicos relacionados à marginalização e ao acesso a cuidados de longo prazo.
12 – Envelhecimento, cuidado e raça: Também coordenado por Priscila Vieira, este estudo do CEBRAP foca no impacto das desigualdades raciais no envelhecimento, com ênfase nas mulheres negras, que enfrentam condições de vida e de trabalho mais precárias ao longo da vida.
13 – Quem será o Idoso do futuro? Estudo sobre os efeitos de curto e médio prazos da longevidade na sociedade brasileira: Eduardo de Rezende Francisco e Lauro Emilio Gonzalez Farias apresentam estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com apoio do Itaú Viver Mais, sobre a evolução da expectativa de vida no Brasil e seus efeitos/impactos econômicos para os próximos 10 a 20 anos. Análise dos gastos com previdência e saúde, considerando as recentes reformas da previdência. Avaliação da população ocupada acima de 60-65 anos. Análise de Tendências e Mercado: Investigação sobre as acelerações de tendências observadas a partir de 2022, que estavam previstas para ocorrer em 2026 ou 2027. Estudo dos efeitos da digitalização na população envelhecida e como isso influencia os produtos e serviços bancários. Desenvolvimento de Estratégias para stakeholders envolvidos: Elaboração de estratégias para posicionar empresas e poder público como líderes na agenda social relacionada à longevidade, incluindo a sensibilização interna e a promoção de uma visão social e econômica dessa realidade.
Como podem ver, as diversas pesquisas, todas inéditas, sobre o envelhecimento no Brasil, apresentadas no I Congresso Internacional Envelhecer com Futuro promovem um diálogo interdisciplinar e intersetorial sobre as complexidades do envelhecimento contemporâneo, buscando soluções inovadoras para os desafios que surgem com o aumento da população idosa. Não percam! Se inscrevam!

Serviço
I CONGRESSO INTERNACIONAL ENVELHECER COM FUTURO (I Cief)
Dias: 30 de setembro e 01 de outubro de 2024
Horário: das 9 às 16 horas
Valores: O evento é gratuito.
Público: Estudantes (graduação e pós-graduação), pesquisadores, professores, profissionais do setor público e privado, de diversas áreas e setores, que atuam com o envelhecimento, organizações da sociedade civil, empresas privadas, órgãos públicos, pessoas de diversas gerações que se interessem pelo futuro do nosso envelhecer.
Certificado: Será emitido certificado de participação para todos que estiverem presentes e devidamente inscritos.
Local: O Congresso Internacional será realizado dentro da VI Longevidade Expo+Fórum, no Distrito Anhembi, em São Paulo: Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo, SP.
Inscrições gratuitas aqui (escolha O Envelhecer com Futuro nos dias 30/9 e 01/10 )
Transfer gratuito: Saindo e voltando para a Estação Portuguesa-Tietê do Metrô (Linha 1 – Azul) todos os dias do evento. O serviço tem início 1h antes da abertura da feira e termina 1h após o horário de encerramento do evento.
