Nobel para medicina chinesa, aos 84 anos!

Aos 84 anos e aposentada, a cientista Tu Youyou, foi reconhecida com o Prêmio Nobel, pela descoberta de um caminho viável para o tratamento de primeira linha para a malária. Ela formou-se em medicina na China maoísta, depois passou mais de dois anos estudando antigas ervas e medicamentos chineses e fez todo o seu trabalho na China, sem colaboração do Ocidente.


O Prémio Nobel da Medicina deste ano foi para a cientista Tu Youyou, 84 anos, hoje aposentada, pela descoberta de um caminho viável para extrair artemisinina, tratamento de primeira linha para a malária. Ela formou-se em medicina na China maoísta, depois passou mais de dois anos estudando antigas ervas e medicamentos chineses e fez todo o seu trabalho na China, sem colaboração do Ocidente.

Enquanto a cloroquina e quinone foram as únicas defesas contra a malária na década de 1950, Dra. Youyou pesquisou textos médicos chineses antigos para encontrar novas curas para a malária, doença que se alastrou na China também no meio do século. Junto com Dra. Youyou, William Campbell e Satoshi Omura venceram a outra metade do prêmio, pela descoberta de avermectinas, um derivado do que tem sido utilizado para tratar centenas de milhões de pessoas com cegueira dos rios e filariose linfática ou elefantíase.

Ching Hao

Ching Hao, Artemisia annua, está na categoria de ervas “febrífucos que transformam o calor de verão”, ao lado de Chi Kua Pi (casca de melancia) e Ho Ye (folha de lótus). Tais febrífucos aumentam o fluxo urinário, resolvem a febre, interrompem a sede e promovem salivação. São boas para insolação e acesso de calor.

Ching Hao, absinto doce, atua nos canais do fígado e vesícula, alivia o calor, remove calor de deficiência, resfria o sangue e tem efeito bacteriano: o extrato aquoso in vitro inibe o crescimento de fungos.

A Diretora geral da OMS, Dra. Margareth Chan, já havia citado no Congresso de Medicina Tradicional da OMS (2009) o exemplo da Artemisia annua no tratamento da malária. A Medicina Tradicional é importante fonte de recursos para avanços terapêuticos e descoberta de novas classes de medicamentos. Leiam o que ela disse:

“Os dois sistemas, a medicina tradicional e a medicina ocidental não precisam entrar em confronto. Dentro do contexto da atenção primária à saúde, eles podem se misturar em uma harmonia benéfica, usando as melhores características de cada sistema, e compensando certas deficiências em cada um.

A integração pode ser feito com sucesso mas isso não é algo que vai acontecer por si só. Decisões políticas deliberadas têm de ser tomadas.

Salvaguardas devem estar presentes na forma de sistemas de regulação, capacitação e licenciamento ou certificação, e controles estritos de segurança do produto. Validação da eficácia e segurança dos medicamentos tradicionais requer metodologias especiais de investigação. A OMS presta apoio nesta área, especialmente através do Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais.

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Durante a sua história, a medicina tradicional chinesa foi pioneira em intervenções como a dieta, exercício físico, a consciência da influência ambiental na saúde, e o uso de remédios de ervas como parte de uma abordagem holística da saúde. Outros sistemas médicos antigos em outros países, como Ayurveda, na Índia, oferecem abordagens semelhantes para a saúde.

Para doenças crônicas DNTs e muitas outras condições, a medicina tradicional tem muito a oferecer em termos de prevenção, conforto, compaixão e cuidado.

O tempo nunca foi melhor e as razões, nunca maiores, para dar à medicina tradicional seu devido lugar na abordagem dos muitos males que enfrentam nossas moderna e tradicionais sociedades”.

Chi Kung e câncer

“A terapia Chi Kung é uma área muitas vezes negligenciada pela medicina moderna e pela pesquisa, mas a nossa análise sugere fortemente que o Chi Kung merece um estudo mais aprofundado como um complemento ao tratamento convencional do câncer”.

O INCA estima 580 mil novos casos de câncer para 2015. Brasil terá 57 mil novos casos de câncer de mama neste ano, 25% dos quais podem evoluir para a morte.

“A avaliação sugere que esta terapêutica seja seriamente examinada e considerada como um suplemento importante para o tratamento convencional do câncer e de outras doenças crônicas”.

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