A União das Misericórdias acredita que todos os idosos querem ficar o máximo de tempo na sua casa, e por isso temos de criar condições para que isso seja seguro e confortável para todos.
Por Revista Dignus (*)
A União das Misericórdias pretende que os idosos possam ficar mais em casa e que tenham um plano individual de cuidados, tendo em vista a sua qualidade de vida. Por isso desenham um modelo de envelhecimento, já entregue ao Presidente da República, que adie ou atrase a institucionalização e que funcione mais com base em cuidados domiciliários, centros de dia e academias sénior, lares e residências apoiadas.
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O documento “Respostas Seniores do Futuro — Um modelo de respostas especializadas integradas” foi entregue no dia 10 de maio à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e ficará também disponível no website da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) para que possa ser consultado e para que possa ser discutido por todos.
A União das Misericórdias acredita que todos os idosos querem ficar o máximo de tempo na sua casa, e por isso temos de criar condições para que isso seja seguro e confortável para todos. Sobretudo, agora com as novas tecnologias, a inovação, a transição digital, acreditam que será mais fácil e seguro manter os idosos em casa mais tempo, adiando em muito tempo a institucionalização. Acreditam que os ERPI (Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas), ou lares, irão sofrer transformações, investindo mais na adaptação física dos lares em termos arquitetónicos e recursos humanos mais qualificados.
Este documento ainda apresenta um plano individual de cuidados sobretudo porque todos os idosos são diferentes e apresentam doenças e patologias diferentes, e mesmo assim são tratados da mesma forma. Nesse sentido, aconselham que cada idoso deve ter um plano individual de cuidado, com indicação de tudo aquilo que aquele idoso em específico necessita, quando necessita, o que também seria vantajoso a nível hospitalar.
A Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social (CNIS) já deu o seu apoio a este documento.
As Casas de Misericórdias em Portugal
As Misericórdias, assim chamadas em Portugal, desempenham um papel determinante no que diz respeito ao apoio aos mais velhos no país. Com uma sociedade cada vez mais envelhecida, importa assegurar respostas de qualidade que estejam adaptadas ao novo perfil dos idosos. As 387 Misericórdias atualmente ativas em Portugal apoiam diariamente cerca de 165 mil pessoas e contam com mais de 45 mil colaboradores diretos.
Elas têm encetado esforços para, em parceria com outros agentes da sociedade, promover a reflexão sobre os caminhos a adotar para melhorar os cuidados em função das necessidades das pessoas idosas e suas famílias.
Para assegurar este apoio, as Misericórdias são detentoras de uma vasta rede de respostas que abrange todo o território nacional. Estruturas residenciais para pessoas idosas, centros de dia, serviços de apoio domiciliário, unidades de cuidados continuados, entre outros, são alguns exemplos do trabalhado desenvolvido.
Entre outros temas, cuidados continuados de longa duração e apoio domiciliário têm marcado a agenda desta reflexão.
(*)Revista Dignus é uma publicação da CIE – Comunicação e Imprensa Especializada, Lda, empresa do Grupo Publindústria responsável pela dinamização e edição de diversas revistas, entre elas a Dignus-Revista Técnica de Geriatria e Gerontologia, de Portugal. Site: https://www.dignus.pt/2021/05/11/proposto-novo-modelo-de-envelhecimento/
Fotos: arquivo Galerias da União das Misericórdias Portuguesas