De 26 de março a 28 de maio a Memória Cultural dos Paladares, oficina na tradição online, acontecerá às quartas-feiras, das 15 às 17 horas. Inscrições abertas!
Cremilda Medina (*)
Na continuidade de oficinas de Narrativas da Contemporaneidade, sempre que se encerram os dez encontros temáticos, o grupo discute a possibilidade de nova oficina e emerge a inspiração do tema para desencadear o futuro conjunto de textos. E o projeto tem sido sempre norteado pela proposta que se consagrou em tempos de pandemia (2020) – a ondulação de Memórias Lúdicas ou o tom emancipatório lúdico nas narrativas presentificadas de específico assunto. Pois em 2024, projetou-se para 2025 a Memória Cultural dos Paladares, oficina na tradição online, às quartas-feiras, das 15 às 17 horas no Portal do Envelhecimento, de 26 de março a 28 de maio.
O tema – Memória de Paladares – remete à experiência humana que muitos significados produz por um dos cinco sentidos que nos faz humanos e solidários. Ao recordar paladares vêm à tona diversas camadas da cultura biográfica, familiar, coletiva, de espaços locais e de viagens e descobrimentos culturais de outros e imprevisíveis espaços. Reavivar essas lembranças que formataram e formatam nossos paladares é escrever capítulos da história e geopolítica cultural.
Neste projeto de dez encontros, pode-se compor o itinerário de narrativas em cinco capítulos:
CONFIRA TAMBÉM:
1 – O berço familiar do paladar.
2 – Osmoses ancestrais que a história acumula.
3 – Viagens aos gostos alheios.
3 – As descobertas do Saber Gastronômico.
4 – Aproximações Nutricionais da Ciência.
Dinâmica das Oficinas
A cada dois dos dez encontros o laboratório de narrativas segue o ritmo já consagrado: os textos prévios de motivação da coordenadora da oficina que cruzam em debate com os textos dos participantes. Neste caso, cada um dos cinco capítulos antes propostos comportará dois textos da temática. A leitura e discussão coletiva salientará os andaimes de Narrativas da Contemporaneidade, anotados nos livros da Série Longeviver e em bibliografia referente à proposta laboratorial. Em síntese, eis os principais eixos laboratoriais:
1 – Presentificação lúdica da memória;
2 – Autoria e criação de narradores;
3 – Vozes da oratura;
4 – Ação e emoção no lugar de análise e opinião;
5 – A importância do protagonismo no contexto coletivo, sócio-histórico-cultural.
6 – A coleta de vozes especializadas no tema, apostas à experiência viva da narrativa.
Na tradição das oficinas, ocorre o ato culminante da edição de um livro da Série Longeviver. Estamos na décima edição dos encontros, portanto, são oito livros publicados pela Portal Edições e um está para sair, conheça os títulos e se prepare para ter suas memórias registradas no próximo:
Narrar é LongeViver, 2020
Memórias Lúdicas, ABCedário de Autores e suas Histórias, 2022.
2020, O Ano em que o Mundo se Afetou (narrativas apesar de), 2022.
Escrita Lúdica: do Imaginário Persistente, 2023.
Biografar Histórias de Vida (in)Comum, 2023.
Escrita autoral, Ruas de Nossa Vida, 2023.
Sagas da Viagem, 2023.
Criatividade nos Cotidianos Escolares, 2024
(*) Cremilda de Araújo Medina, jornalista, pesquisadora e professora titular sênior da Universidade de São Paulo, professora emérita pelo Prolam/USP, é autora de 20 livros e organizou 63 coletâneas interdisciplinares. Com mais de 500 alunos de Jornalismo, editou a coleção São Paulo de Perfil (26 exemplares publicados e o 27º inédito); a série Novo Pacto da Ciência (12 títulos) reúneseminários em que cientistas de várias áreas do conhecimento debatem a crise de paradigmas contemporâneos. Também organizou oito edições de seminários sobre pesquisas acadêmicas sobre a América Latina na Fundação Memorial da América Latina. Desde a criação do Programa da Terceira Idade na USP (hoje USP 60+), tem oferecido oficinas de Narrativas da Contemporaneidade, das quais já resultaram dez coletâneas. Além de coordenar o Projeto Plural, a pesquisadora orientou 33 doutores, 28 mestres e dois pós-doutorados. Ato presencial, mistério e transformação (2016) e A arte de tecer afetos, Signo da Relação, cotidianos (2018), dois dos livros mais recentes, registram sua principal linha de pesquisa: a dialogia ou pluralogia social.
