Principalmente no Natal, as pessoas sentem mais necessidade de atenção e tendem a se isolar. O fim do ano geralmente desperta um sentimento de tristeza nos idosos, que enxergam nas tradicionais festas de Natal e réveillon um momento de profunda introspecção e de saudade de situações vividas ou pela ausência de pessoas queridas que não poderão compartilhar os momentos festivos. Também há os que sentem mais a falta de atenção. Estes sentimentos podem até gerar ou potencializar a depressão, a doença psicológica mais comum na terceira idade.
Maria Regina Almeida
Para combater este quadro, a psicóloga e professora universitária Vera Socci, que integra o Grupo de Psicologia do Idoso, recomenda o suporte afetivo e social para que a pessoa idosa supere este período do ano, sinônimo de festas e de encontros, com mais facilidade. Vale ressaltar, segundo ela, que o apoio vindo da família e dos amigos é essencial para atravessar qualquer tipo de dificuldade e em qualquer tempo.
“Aliado a isso, é importante ter uma religiosidade, uma crença, pois isso ajuda no enfrentamento das situações difíceis. Está provado que aqueles que acreditam em algo superior, enfrentam com mais eficácia as adversidades e conseguem reagir de forma mais positiva diante delas. Dinheiro e status nada resolvem nesta hora”, observa.
Segundo a psicóloga, é importante separar a reflexão da introspecção. A primeira é positiva, pois gera uma avaliação do que foi realizado e do que deixou de ser feito durante o ano. “Este balanço é natural que toda pessoa faça, independentemente da idade, e está muito ligado com a finalização de um período. O fator negativo é o sintoma depressivo que normalmente acompanha a introspecção e que deve ser evitado. É preciso buscar um significado para a vida”.
Sintomas
É importante ficar atento a algumas características predominantes da depressão, como o humor deprimido, sentimentos de tristeza, desesperança, além da perda de interesse em atividades que antes eram consideradas prazerosas.
Kamilly Rosa Figueiredo, professora e especialista em neuropsicologia, orienta o idoso a encarar o futuro com esperança, mantendo uma atitude positiva para com a vida, vivendo um dia de cada vez sem preocupar-se exageradamente com o futuro. Também é fundamental manter a mente ativa, exercitar o senso de humor, procurar não guardar mágoas, ter um bom relacionamento com a família e grupos sociais, fazer atividades que proporcione estimulo psicológico como afeto, sentimento de identidade, capacidade de tomar decisões e adaptar-se a novas situações.
Matéria reproduzida do site: Acesse Aqui. Jornal Mogi news – por Maria Regina Almeida