Avançam as pesquisas na busca de tratamentos para as doenças do cérebro, entre elas o Mal de Alzheimer

Avançam as pesquisas na busca de medicamentos para a cura das doenças do cérebro, entre elas o Mal de Alzheimer. Estudos científicos são divulgados e geram esperança naqueles que sofrem pela evolução e desconhecimento do funcionamento da doença. Graças a importantes trabalhos desenvolvidos em Universidades e Centros de Pesquisa dos Estados Unidos e Espanha, já é possível ver uma luz no fundo.

 

 

avancam-as-pesquisasUma matéria da Rede TV anuncia: “Pesquisadores americanos descobriram uma substância que pode ajudar na cura das doenças do cérebro, entre elas o Mal de Alzheimer”. A reportagem transcrita abaixo é de Marcelo Medeiros, correspondente da emissora, direto de Nova York:

– Em seis anos de pesquisa os cientistas da Universidade de Cornell resolveram um quebra cabeça que durava há mais de um século: como fazer um medicamento agir diretamente no cérebro. Existe uma barreira chamada “Hemato-Encefálica” que protege a região. Ela permite a passagem de água, aminoácidos, glicose e oxigênio e impede que algumas substâncias químicas presentes no sangue entrem em contato com o Sistema Nervoso Central, entre elas remédios para tratar doenças como Esclerose Múltipla, Mal de Alzheimer e até AIDS.

– Esta é uma das dificuldades para se combater o HIV, diz a pesquisadora Margaret Byone. O vírus atinge o cérebro e não é possível fazer os retrovirais entrarem lá. Foi por acaso que ela encontrou uma provável solução para isso. Margaret Byone pesquisava como uma substância chamada “Adenocina” funciona no tratamento de inflamações e percebeu que o medicamento conseguia fazer algo diferente no cérebro: abrir e fechar aquela barreira protetora do Sistema Nervoso Central. A experiência com ratos foi possível fazer o medicamento contra o Mal de Alzheimer agir diretamente nas placas que causam a doença.

– Há esperança para mais de 26 milhões de pessoas no mundo que sofrem com o mal. O potencial dessa substância é amplo, diz a pesquisadora. É possível abrir a porta do cérebro, deixar o remédio entrar, ele age lá dentro e depois você fecha a porta. O próximo passo é tentar regular a abertura e o fechamento dessa barreira para depois começar os testes com seres humanos.

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– A substância já é utilizada nos remédios e tem aprovação do “FDA”, órgão que controla os medicamentos nos Estados Unidos, o que deve facilitar a pesquisa. Os cientistas também pretendem usar a substância para facilitar a ação da quimioterapia em pacientes com câncer no cérebro.

O “Conselho Superior de Pesquisas Científicas” (CSIC) da Espanha também trabalha no entendimento do funcionamento da Doença de Alzheimer. Uma equipe liderada por pesquisadores do “CSIC” descobriu que os “Astrócitos”, as células mais presentes no cérebro, têm papel-chave no desenvolvimento do mal de Alzheimer.

“Até agora se sabia que a inflamação do cérebro associada à doença se desencadeia pela ação das “Células Microgliócitas”, encarregadas da defesa do Sistema Nervoso Central.”

A reportagem conta a pesquisa revelou que “os astrócitos interferem ativamente na formação do Alzheimer porque nele transcorre “uma fase essencial” do processo inflamatório. A técnicas da engenharia genética foram fundamentais para que os cientistas conseguissem reproduzir a doença em ratos. Como resultado, eles observaram como ocorre a inflamação, um processo relacionado à produção de um tipo de proteína citotóxica – denominada Citoquinas – que acaba sendo prejudicial para o cérebro no longo prazo.

O pesquisador do CSIC do Instituto Cajal e diretor do estudo publicado na revista Molecular Psychiatry, explica: “Se não há inflamação nos astrócitos, a doença não se desenvolve”,
“Atualmente acredita-se que o papel dos astrócitos (responsáveis pela sustentação e nutrição dos neurônios) é mais importante e que incidem diretamente na função cerebral. Sua influência nas doenças neurodegenerativas está ganhando relevância. Nossas observações sustentam este papel central”, diz o pesquisador.

Todos os trabalhos de pesquisa apresentados abrem caminho para o desenvolvimento de medicamentos que consigam prevenir e tratar a doença e entender, acima de tudo, o mecanismo de funcionamento do cérebro, haja vista que com o processo de envelhecimento estamos mais susceptíveis a males diversos e, muitas vezes, desconhecidos até da medicina.

Referências

IMAGEM (2009). Disponível Aqui. Acesso em 28/10/2011.
MEDEIROS, M. (2011). Substância descoberta pode ajudar na cura do Alzheimer. Disponível Aqui. Acesso em 28/10/2011.
TERRA.COM.BR (2011). Espanhóis descobrem papel-chave de células no Alzheimer. Disponível Aqui. Acesso em 27/10/2011.

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