O convívio em Instituições de Longa Permanência para Idosos, com cuidados, atividades, estímulos e socialização, pode contribuir no controle da evolução da doença e promover a qualidade de vida.
A doença de Alzheimer não acomete apenas o idoso, mas envolve também seus familiares e cuidadores. Com a mudança de comportamento decorrente desse problema neurológico que afeta 1,2 milhão de brasileiros, o paciente precisa de estímulos, atenção e cuidados. Por isso, é importante um tratamento multidisciplinar, com acompanhamento de geriatras, enfermeiros, cuidadores, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, cuidados específicos, atenção, socialização e estímulos cognitivos e físicos para preservar a independência funcional pelo maior tempo possível. Além de contar com espaços que garantem a melhor mobilidade, segurança e bem-estar do idoso.
A morte gradual das células cerebrais provoca a perda de memória e de outras funções cognitivas, como capacidade de organização, orientação de tempo e espaço. O diagnóstico feito na fase inicial permite ao idoso e à família se prepararem para lidar com a doença. Apesar de não ter cura, com cuidados e tratamento adequados, a evolução e os sintomas podem ser controlados. Contar com uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) bem preparada pode ser a melhor alternativa para cuidados de qualidade, atenção, socialização e estímulos cognitivos e físicos que preservem a independência funcional pelo maior tempo possível.
“O paciente precisa de convívio social, de estímulos, ser bem tratado nos cuidados básicos do dia a dia e de uma atenção multidisciplinar”, afirma o médico Jarbas José Salto Jr., diretor de operações da Cora Residencial Senior, ILPI com seis unidades em São Paulo, que oferece um novo conceito de residencial. Como muitas vezes não é possível manter esses cuidados em casa, tem sido cada vez mais frequente a decisão por uma instituição. O trabalho multidisciplinar desenvolvido em residenciais como a Cora oferece todo apoio e segurança aos pacientes e suas famílias.
Sintomas
Os primeiros sintomas da doença de Alzheimer acometem a memória. A pessoa começa a esquecer compromissos, datas e horários de tomar medicação, por exemplo, e a ter dificuldade de se orientar no espaço. A partir do momento que esses esquecimentos mais leves começam a prejudicar as tarefas do cotidiano, tem início o diagnóstico. Alguns pacientes podem apresentar também alteração de humor e depressão.
“Quanto mais cedo começarem os cuidados e um tratamento multidisciplinar, melhor será o controle da evolução do Alzheimer. Com as medicações introduzidas no momento certo, a evolução pode ser mais lenta, menos agressiva ao paciente”, explica o Dr. Jarbas. Veja a seguir como uma ILPI pode contribuir com a qualidade de vida dos pacientes:
Atenção multidisciplinar
O apoio de profissionais de várias áreas, junto com o tratamento medicamentoso específico, pode reduzir os sintomas cognitivos e comportamentais. Além do médico, os cuidados de uma enfermeira; de um cuidador; de um fonoaudiólogo, que consegue conciliar a melhora da fala e da deglutição; de fisioterapeutas, que estimulam a parte motora; e de nutricionistas, que orientam a alimentação, melhoram o cotidiano do paciente.
Estímulos constantes
É preciso mostrar ao idoso que, mesmo com a perda de memória, ele ainda é útil no meio em que vive. Além de incentivá-lo a aprender uma nova tarefa, ele deve reaprender o que esqueceu por meio de estímulos constantes e diários. Por exemplo: deixe-o colocar a roupa, mesmo abotoada errada.
Vida social
O idoso deve ser estimulado também a participar das atividades sociais e manter sempre o contato com os amigos. Essas relações são essenciais para a qualidade de vida.
Controle dos sintomas
As medicações atenuam os sintomas da doença, mas é imprescindível um tratamento realizado por uma equipe de profissionais de saúde que envolva o treinamento das habilidades cognitivas prejudicadas, com exercícios de associações verbais, tarefas de memorização, de linguagem e de planejamento.
Troca de experiência
Uma dica para famílias e cuidadores é participar das reuniões de grupos de apoio como as da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Toda terceira quarta-feira do mês, a Cora Ipiranga (Rua Antônio Marcondes, 427 – SP) sedia, às 19h, esse encontro para a troca de experiências e de conhecimentos, o que ajuda a superar dificuldades e a descobrir novas formas de lidar com o problema no dia a dia.
Foto de destaque: Bianca Isofache