Você sabia que metade dos idosos no mundo não recebe aposentadoria?

O Brasil tem hoje 26,3 milhões de idosos, representando 13% da população, percentual que tende a aumentar e que, em 2060, chegará a 34%. Cerca de 86,3% das pessoas idosas recebem algum tipo de benefício. No mundo, 48% das pessoas, com idade para se aposentar, não recebe nenhum tipo de benefício, enquanto os 52% que têm acesso a algum provento não recebem o valor adequado.

voce-sabia-que-metade-dos-idosos-no-mundo-nao-recebe-aposentadoriaVocê sabia que no Brasil cerca de 86,3% das pessoas recebem algum tipo de benefício? E que o número de idosos somam 26,3 milhões, representando 13% da população, percentual que tende a aumentar e que, em 2060, chegue a 34%? Sabia ainda que pelo menos 48% das pessoas em todo o mundo, com idade para se aposentar, não recebe nenhum tipo de benefício, enquanto os 52% que têm acesso a algum auxílio não recebem o valor adequado? Os dados são de um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado recentemente no país.

Apesar de reclamarmos da pobreza na velhice e do impacto desta nessa fase da vida, a situação por aqui é menos pior do que na maioria dos países, pois segundo o estudo da OIT, em todo o planeta, a maior parte das pessoas com 60 anos+ não têm renda garantida ou direito à aposentadoria, precisando trabalhar muitas vezes em situações precárias e recebendo muito pouco para sobreviverem.

Este dado é confirmado pelo segundo relatório da ong HelpAge International, Global AgeWatch Index 2014, divulgado no Dia Internacional da Pessoa Idosa (01/10/2014), e que indicava, dos 96 países analisados, os melhores e piores para se viver depois dos 60. Nesse relatório o Brasil está em 58º lugar, graças ao sistema de previdência social público construído no país ao longo dos últimos anos.

A Seguridade Social brasileira abrange saúde, previdência e assistência social. Aliás, ela se destaca como uma das principais formas de proteção social, em especial em relação à parcela mais necessitada da sociedade: aqueles em situações de risco social causadas por doenças e idade avançada. As ações da Previdência Social têm contribuído para a redução da pobreza e inclusão social, além de proteger um mínimo nível de renda. O grande desafio está em garantir aposentadorias suficientes.

O estudo da OIT, realizado em 178 países, assinala que mais de 45 deles alcançaram cobertura previdenciária de 90%. No entanto, apenas 20 deles alcançaram ou estão perto da cobertura universal, como é o caso da China, Tailândia, Timor Leste e Tunísia, onde a cobertura previdenciária, seja por imposto ou benefício, passou de cerca de 25% para mais de 70% em apenas uma década.

Os estudos mais recentes estimam que entre 75 e 80 por cento da população mundial não tem acesso a uma seguridade social integral. Garantir que o direito humano a uma seguridade social converta-se em realidade para todos é um desafio da maior relevância e um aspecto central da Agenda de Trabalho Decente.

Para a OIT, o que está em questão é o direito de se aposentar com dignidade, por isso o estudo enfatiza a importância de uma segurança econômica para que as pessoas não caiam na pobreza ao envelhecerem. Hoje, observa-se que com a crise econômica, vários países europeus fizeram cortes de suas ajudas sociais, afetando 123 milhões de pessoas, 24% da população da União Europeia, minando assim os avanços sociais conquistados.

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