Muito se fala sobre as novas gerações, mas sua empresa já parou para pensar em ações direcionadas ao público idoso? Talvez seja hora de começar a refletir sobre isso. Segundo estimativas das Nações Unidas, o número de pessoas com 65 anos ou mais deverá triplicar em todo o mundo, de 523 milhões no ano passado para cerca de 1,5 bilhão até 2050. Tal dado representa que, em breve, as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos vão superar pela primeira vez o número de crianças com menos de cinco anos.
Gilberto Wiesel *
E aqui no Brasil não é diferente: de acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de pessoas com mais de 50 anos promete superar os indivíduos de até 30 anos, em 2040.
Diante desse cenário, é fundamental que as empresas se preparem para lidar com esses consumidores. Mas quais as principais ações que as organizações devem tomar para se aproximar desse público? Um exemplo são os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que ajudam desenvolvedores de produtos a compreender melhor o perfil de consumo dos idosos. Diversas empresas já procuraram o AgeLab do MIT para entender quais as principais características e demandas desses clientes.
Nessa linha, organizações como Intel e General Electric estão desenvolvendo, em conjunto, tecnologias para ajudar idosos a manterem-se independentes. Entretanto, são poucas as companhias que, até agora, criaram novos serviços para esse público consumidor. Como desenvolver, então, uma relação próxima e fiel com os clientes mais velhos? Antes de tudo, é importante que as empresas respeitem o público idoso, entendam e, sobretudo, compreendam as necessidades das pessoas da terceira idade para, assim, desenvolver produtos e serviços que atendam a essa demanda específica.
Campanhas direcionadas e serviços que vão ao encontro direto deste consumidor tendem a ser eficazes. Exemplo disso é um modelo de celular, desenvolvido no ano passado, pela fabricante chinesa ZTE. No aparelho, as teclas são grandes e iluminadas, e as funções, simples. Esse é somente um caso, mas há inúmeros produtos já adaptados à demanda idosa. Todas essas ações refletem a preocupação e aproximação com o seu público-alvo, um dos objetivos de uma empresa que está em busca de crescimento e sucesso.
Mas somente desenvolver novas alternativas para os consumidores da terceira idade basta? Considero que um dos desafios das empresas é conquistar a confiança deste público específico. Para isso, antes de colocar no mercado um serviço que você e sua equipe acreditam ser eficazes com os clientes idosos, pesquise de forma aprofundada os vários perfis de consumidores dessa faixa etária e inove no atendimento. Por isso, coloque em prática novas formas de atender o público idoso, cada vez mais exigente e crítico.
Para as empresas que trilham o caminho do sucesso, é imprescindível não fechar os olhos para os chamados públicos segmentados, sejam eles jovens ou idosos. Então, saia na frente da concorrência e vá atrás de seus clientes. Ofereça soluções diferenciadas para cada perfil. Desenvolva ações direcionadas, novos produtos e serviços de acordo com as necessidades dos distintos consumidores que estão no mercado. Crie estratégias, entre em ação e inove no atendimento personalizado para manter-se perto daqueles para os quais você trabalha.
* Gilberto Wiesel – é conferencista, consultor e diretor do Grupo Wiesel que atua na área de Educação Corporativa com foco em liderança, empreendedorismo e desenvolvimento de competências. Administrador de empresas pós-graduado em Marketing pela FGV. É Master-Practitioner em Programação Neurolinguistica pela Sociedade Brasileira de PNL e membro da Time Line Theraphy Association, Hawai-USA. Para mais informações, acesse aqui
Fonte: Administradores.com.br, 17/03/11. Disponível Aqui