São Paulo: ofertas e demandas de serviços à população idosa

São Paulo: ofertas e demandas de serviços à população idosa

Projeto em desenvolvimento pela Cedepe/PUC-SP/CEI visa mapear ofertas e demandas de serviços públicos dirigidos à pessoa idosa da cidade de São Paulo, bem como as barreiras de acesso aos mesmos.


Este será nosso presente para a cidade de São Paulo em seus 467 anos. Um projeto que visa identificar, mapear e analisar as demandas, oferta e acesso a serviços e ações que envolvam proteção, promoção e defesa da pessoa idosa, a fim de subsidiar o controle social nos processos de planejamento, avaliação dos serviços, defesa de direitos sociais e civis da pessoa idosa.

Trata-se do projeto “Diagnóstico Socioterritorial para a Pessoa Idosa na Cidade de São Paulo: Construção de Subsídios para a Defesa de Direitos e para Capacitação de Conselheiros” que está sendo desenvolvido pela Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais (Cedepe), um setor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo que desenvolve projetos no campo da formulação, gestão e implementação de políticas públicas e programas sociais; com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e Conselho Estadual do Idoso.

A coordenação geral do projeto que foi certificado pelo Fundo Estadual do Idoso em 2016 está a cargo da profa. Dra. Silvia Helena Simões Borelli, coordenadora da Cedepe, e a gestão geral está sob a responsabilidade da profa. Dra. Beltrina Côrte, que também responde pela etapa de pesquisa (em finalização) e de formação. Já a etapa de diagnóstico (em finalização) a responsável é a profa. Dra. Mônica Muniz Pinto de Carvalho e do aplicativo o prof. Dr. Roberto Sanches Padula.

O projeto conta com um grupo cogestor que se reúne mensalmente, composto por membros das seguintes entidades: CEI, SEDS, GCMI, SMADS (Atenção Básica, Atenção Especial e Observatório da Vigilância Assistencial), SMDHC – Coordenadora de Políticas para Pessoa Idosa, SMS-Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa, e SMEL-Departamento de Gestão e Políticas e Programas de Esporte e Lazer, além de membros do projeto.

Resultados preliminares do que já foi levantado serão apresentados nesta quarta-feira, dia 27 de janeiro, em uma Oficina de Discussão para um grupo de convidados, composto por lideranças e ativistas de organizações representativas da população idosa da cidade de São Paulo, a fim de se discutir e validar o levantamento de serviços públicos dirigidos à essa parcela da população. Esse levantamento, realizado pela equipe do projeto, fará parte de um aplicativo para smartphone ainda em desenvolvimento, cujo protótipo também será apresentado na Oficina.

A partir de fevereiro os resultados das diversas etapas do projeto serão amplamente divulgados pela Cedepe/PUC-SP. Aguardem!

São Paulo

Conheça as etapas do projeto

As diversas etapas do projeto visam constituir subsídios para os espaços de participação, defesa de direitos e controle social. São elas:

Diagnóstico Socioterritorial – O projeto consiste em diversas etapas, a primeira delas é de diagnóstico Socioterritorial e no momento a equipe está finalizando o relatório analítico que identifica, caracteriza e mapeia as condições de vida e necessidades da pessoa idosa, bem como os recursos existentes na cidade de São Paulo (nas áreas de saúde, educação, assistência social, lazer, cultura e esporte); assim como identifica, caracteriza e mapeia a organização das ofertas entre os diferentes serviços que envolvam cuidado, atendimento, promoção de autonomia, integração e participação da pessoa idosa na sociedade.

Barreiras de Acesso – A partir de uma pesquisa de campo que se encerra dia 28 de janeiro a mil idosos acima de 60 anos e lideranças de organizações representativas e/ou de defesa dos direitos dos idosos, objetiva-se identificar a percepção de idosos sobre as barreiras existentes que dificultem o acesso e permanência da pessoa idosa em serviços, projetos e programas em cada área de política pública.

Encontros Públicos – A partir do diagnóstico das condições de vida, dos serviços existentes e das barreiras de acesso aos mesmos, esta etapa do projeto visa identificar e discutir a priorização de problemas/estratégias para a promoção do envelhecimento ativo da pessoa idosa na cidade de São Paulo e diminuição das barreiras de acesso, por meio de encontros públicos descentralizados com participação de conselheiros municipais e estaduais, organizações/associações de referência da pessoa idosa e a pessoa idosa usuária dos serviços. Serão cinco encontros, um em cada região, e serão realizados entre final de fevereiro e março.

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Oficinas de Capacitação – Tendo como base o Diagnóstico produzido e as discussões realizadas nos encontros públicos, o projeto desenvolver oficinas de capacitação para conselheiros do Conselho Municipal e Estadual do Idoso e organizações representativas e/ou de defesa dos direitos dos idosos, a fim de fortalecer o exercício do controle social nos processos de planejamento, avaliação dos serviços, defesa de direitos sociais e civis da pessoa idosa. As oficinas serão realizadas entre abril e maio.

Desenvolvimento de Aplicativo de Serviços – A grande novidade do projeto consiste na entrega de um aplicativo para celular contendo toda a rede de serviços públicos existentes hoje dirigida a pessoas idosas na cidade de São Paulo. O serviço na palma da mão, que pode ser acessado por idosos, profissionais e familiares.

Seminário – No final do projeto, julho de 2021, será realizado um seminário público para divulgação de resultados de todas as etapas do projeto e da metodologia utilizada, de forma a socializar e permitir a sua replicabilidade por outros conselhos municipais do Estado de São Paulo.

O projeto, certificado pelo Fundo Estadual do Idoso em 2016, mas só liberado em 2020, teve como justificativa o Plano Decenal da Política de Assistência Social no município de São Paulo que afirma que a cidade de São Paulo não pode ser enxergada e analisada como mais um município dentre os 5.570 do país ou dos 645 do Estado de São Paulo.

São Paulo é a segunda entre as maiores cidades brasileiras e 54 dos 96 distritos que a compõem agregam uma população equivalente a cidades brasileiras de grande porte. Nesses 54 distritos a população varia entre 100 a 600 mil habitantes. O Plano Decenal problematiza a complexidade de uma megalópole, indicando que existem várias cidades dentro de uma cidade.

Ao considerar a distribuição da população idosa na cidade de São Paulo nota-se que em 56 do total de 96 distritos, Alto de Pinheiros possui 5 vezes mais idosos que o distrito de Anhanguera. Os distritos com maior percentual de idosos são: Alto de Pinheiros, Jardim Paulista, Pinheiros, Consolação, Santo Amaro, Lapa, Campo Belo, Vila Mariana e Itaim Bibi.

Quais são as ofertas e as demandas dessa população? Em breve saberemos!


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Beltrina Côrte

Jornalista, Especialização e Mestrado em Planejamento e Administração do Desenvolvimento Regional, Doutorado e Pós.doc em Ciências da Comunicação pela USP. Estudiosa do Envelhecimento e Longevidade desde 2000. É docente da PUC-SP. Coordena o grupo de pesquisa Longevidade, Envelhecimento e Comunicação, e é pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Envelhecimento (NEPE), ambos da PUC-SP. CEO do Portal do Envelhecimento, Portal Edições e Espaço Longeviver. Integrou o banco de avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Basis/Inep/MEC até 2018. Integra a Rede Latinoamericana de Psicogerontologia (REDIP). E-mail: [email protected]

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Beltrina Côrte

Jornalista, Especialização e Mestrado em Planejamento e Administração do Desenvolvimento Regional, Doutorado e Pós.doc em Ciências da Comunicação pela USP. Estudiosa do Envelhecimento e Longevidade desde 2000. É docente da PUC-SP. Coordena o grupo de pesquisa Longevidade, Envelhecimento e Comunicação, e é pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Envelhecimento (NEPE), ambos da PUC-SP. CEO do Portal do Envelhecimento, Portal Edições e Espaço Longeviver. Integrou o banco de avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Basis/Inep/MEC até 2018. Integra a Rede Latinoamericana de Psicogerontologia (REDIP). E-mail: [email protected]

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