Entre os riscos de desequilíbrio na ambiência de ILPIs estão a ausência dos familiares, primeira providência de restrição por haver o risco de exposição ao vírus e pela dificuldade de controlar a higiene nesses casos; e o emocional, principalmente nas relações entre colaboradores e moradores, ou até de profissionais entre si.
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Estamos vivendo um período de muita ansiedade e angústia com o crescimento de casos de infecção e expansão da pandemia. As notícias provenientes das diversas partes do mundo, onde os governos agem na tentativa de acertar, diminuindo a expansão dos problemas de saúde, vêm ainda potencializadas por outras que registram as consequências econômicas causadas pelo isolamento social e determinações para fechamento de comércio e serviços que não sejam de primeira necessidade. As principais ações vão de encontro a minimizar o contágio e evitar o colapso dos sistemas de saúde, considerando o limite de recursos materiais, financeiros e humanos. Para os profissionais que atendem as pessoas, especialmente as mais frágeis, este é um momento de muita tensão e exige muita calma, pois geralmente têm familiares que igualmente necessitam atenção.
Portanto, o primeiro risco de desequilíbrio é o emocional, principalmente nas relações entre colaboradores e moradores, ou até de profissionais entre si. É difícil manter a tranquilidade quando recebemos uma quantidade excessiva de informações sobre as ações em implantação, provenientes de diversas fontes e nem sempre convergentes. Por mais que seja aconselhável evitar a busca de informações o tempo todo, elas vêm pelas redes sociais e pela programação quase ininterrupta sobre o tema nos programas de televisão. As dinâmicas nas instituições de longa permanência para idosos mudaram completamente, criando estratégias para as rotinas de modo a aumentar o controle da higiene. Iniciativas importantes têm veiculado soluções que auxiliam nesse planejamento, tais como o guia online ilpi.me, desenvolvido por profissionais experientes na área de assistência aos idosos.
O outro risco refere-se à ausência dos familiares, primeira providência de restrição por haver o risco de exposição ao vírus e pela dificuldade de controlar a higiene nesses casos. Assim, as visitas estão suspensas e o acesso é somente virtual, mesmo com uma população que, na sua maioria, não tem muita afinidade com smartphones e computadores. A saudade traz a sensação de abandono, mesmo quando há a capacidade de compreender o motivo da ausência. Se as interações com os mais jovens, especialmente os que não estejam diariamente participando das rotinas da residência, traz a novidade momentânea e uma animação extra para determinados dias, a restrição esvazia esse cenário e não há como mudá-lo. Estão suspensas as presenças de estagiários e visitantes que interagem com outros moradores além daquele que costuma visitar, até quando for seguro reestabelecer os procedimentos originais.
As relações interpessoais são importantes para evitar a solidão, que pode existir mesmo quando há muitas pessoas ao redor. Saber que haverá outros sujeitos com quem interagir, sejam do serviço ou componentes da população flutuante que frequenta a casa, incluindo voluntários, pode amenizar a sensação de monotonia. Neste momento, o trabalho dos profissionais mostra-se ainda mais importante, garantindo uma ambiência positiva e eficaz.
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