O aumento da longevidade das pessoas certamente resultará em um aumento substancial na prevalência de indivíduos portadores de doenças crônicas como cardiopatias, diabetes, doenças pulmonares, Parkinson, doença de Alzheimer e doença periodontal. Das patologias citadas, as cinco primeiras são conhecidas da população.
Cleber Kimura e Gêrla Angélica Fonseca
Apesar de os seus diagnósticos precisos e controles dependerem de avaliações e acompanhamentos médicos, geralmente os idosos, ou seus responsáveis, têm ciência de que elas precisam ser prevenidas e tratadas, fato que os faz procurar algum tipo de orientação profissional.
Já a doença periodontal continua sendo uma ilustre desconhecida da maioria das pessoas ou subestimada quanto a sua real importância, principalmente devido ao equívoco de que as doenças que acontecem na boca ficam restritas a este ambiente e suas estruturas, não havendo nenhum tipo de inter-relação ou consequência para com o restante do organismo. Engano! Doenças orais podem sim causar danos psíquicos, sociais e físicos aos indivíduos. Neste último, sua relação com a saúde do idoso acontece desde dificultar sua mastigação, impedindo-o de se nutrir corretamente e / ou obrigando-o a selecionar alimentos ricos em carboidratos, mais macios e calóricos até colaborar com óbito precoce em casos de endocardite bacteriana.
Neste artigo procuraremos nos restringir aos problemas infecciosos periodontais enquanto agravantes de outras doenças crônicas em idosos.
A doença periodontal é uma doença infecciosa, geralmente causada por bactérias específicas que encontram na boca um habitat favorável na superfície de dentes com higienização pobre e fatores de retenção de placa bacteriana, como próteses mal adaptadas onde se instalam. Esta doença acomete as estruturas que compõem o periodonto (peri = ao redor, entorno / odonto = dente) de proteção, representado pelas gengivas, e de sustentação dos dentes, composto pelo cemento, ligamentos periodontais e osso alveolar.
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