Uma pesquisa recente com 232 mulheres que têm osteopenia ou osteoporose, realizada no Hospital da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostra um grande desconhecimento das pacientes sobre o tratamento dessas doenças, que são mais comuns em mulheres, especialmente após a menopausa.
A osteopenia é o início da perda da massa óssea, que a longo prazo e sem a adoção de medidas preventivas, pode evoluir para a osteoporose, quando os ossos ficam extremamente frágeis, aumentando o risco de fraturas graves.
Conforme a pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas, de um total de 20 pontos (que representaria um excelente conhecimento sobre as doenças e o tratamento) a média verificada entre as mulheres pesquisadas foi de apenas 3,78 pontos.
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Conhecer para tratar
Segundo os médicos, o conhecimento sobre a osteopenia e a osteoporose é fundamental para o tratamento, que é de longo prazo e pode envolver o uso de terapia hormonal, medicações específicas, dieta alimentar e atividade física.
“É necessário um bom entendimento da doença, implementação de métodos efetivos que aumentem o conhecimento delas [das pacientes] sobre a evolução do quadro e a importância de manter o tratamento adequado”, explicou a ginecologista Débora Alessandra de Castro.

Segundo o reumatologista João Francisco Marques Neto, prof. titular de Reumatologia da FCM/UNICAMP e consultor do Ministério da Saúde, deve-se diferenciar adequadamente os termos Osteoporose e Osteopenia. A Osteoporose é doença; a Osteopenia, quase sempre não. Ambas as condições podem ser diagnosticadas precocemente e, evitadas ou atenuadas, através de programas de prevenção.
Explica que nos estágios iniciais da osteoporose, a perda de massa óssea é assintomática. Quando a perda óssea é mais significativa e já acarreta alterações clínicas, observa-se uma diminuição da estatura e aumento da cifose dorsal, devido a deformidades por compressão, acunhamento anterior do corpo vertebral ou fratura das vértebras. Como consequência de quedas, macro traumas ou mesmo traumas de baixo impacto, podem ocorrer também fraturas dos ossos longos (fêmur e radio).
Explica que por Osteoporose, considera-se uma perda de massa óssea acima de 2,5 desvios padrões de uma curva de normalidade, medida em estudo populacional aberto, através da Densitometria Óssea. Este estado implica em alto risco de fratura, devendo ser mensurado a partir da instalação da menopausa ou, quando existirem outros fatores que o justifiquem.
O termo Osteopenia, é usado se referindo a qualquer condição que envolva uma redução fisiológica (em relação à idade ) da quantidade total de osso mineralizado. A Osteopenia é considerada como se situando em zero e até menos de 2,5 desvios padrões, medidos através da Densitometria Óssea.
O reumatologista recomenda sempre as mulheres a procurarem um médico para realização de um diagnóstico precoce.
Presidente-eleito da Sociedade Brasileira de Osteoporose (SOBRAO)
Mais informações sobre a osteopenia e a oesteoporose podem ser obtidas no Disque Saúde: 0800 61 1997. Os critérios de diagnóstico e tratamento para a osteoporose definidos pelo Ministério da Saúde estão disponíveis no link: Aqui
Fontes: Agência Brasil, por Gilberto Costa e Diário da Saúde: Disponível Aqui