O envelhecimento e a dinâmica populacional dos distritos paulistanos

o-envelhecimento-e-a-dinamica-populacional-dos-distritos-paulistanosO envelhecimento populacional é um processo progressivo na capital paulista e, segundo as projeções populacionais realizadas pela Fundação Seade, o número passará de 6 idosos para cada 10 jovens, em 2010, a 12 idosos para cada 10 jovens em 2030, chegando a 21 idosos para cada 10 jovens em 2050. Os distritos mais envelhecidos localizam-se no centro e no centro expandido de São Paulo onde há condições propícias para a vigência de um novo regime demográfico que se caracteriza pelo decréscimo populacional.

Fundação Seade 

O processo de transição demográfica da população do Estado e do município de São Paulo, que contemplou acentuada queda da fecundidade para níveis inferiores ao da reposição e aumento progressivo da sobrevivência nas idades avançadas, provocou rápido processo de envelhecimento populacional associado, também, a rápido declínio no ritmo de crescimento da população. Esse fenômeno vem atingindo, com intensidades e temporalidades distintas, praticamente todos os Estados e municípios brasileiros, assim como a maioria dos países.

A interação entre a tendência de redução do crescimento vegetativo da população (nascimentos menos mortes) e a tendência histórica de decréscimo do saldo migratório (imigrantes menos emigrantes) vem provocando a diminuição da taxa de crescimento populacional da capital paulista, com importantes reflexos na distribuição da população em seus distritos.

As projeções realizadas pela Fundação Seade revelam que o contingente de pessoas residindo no município de São Paulo deverá reduzir-se a partir de 2045, principalmente devido à participação do saldo entre nascimentos e óbitos que será negativo, ou seja, ocorrerão mais óbitos do que nascimentos na capital em meados do século XXI.

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Este fenômeno poderá ser observado em alguns de seus distritos já no final dos anos 2010 e atingirá um terço deles no final da década de 2020, com decisiva influência no ritmo de crescimento populacional futuro.

As projeções realizadas pela Fundação Seade apontam que, em 2050, o contingente da capital será de 12,205 milhões de pessoas, após reverter a tendência e passar a decrescer depois de 2045. A redução no ritmo de crescimento populacional é resultante da interação entre acentuada queda da fecundidade, aumento da longevidade e taxas negativas de migração.

A queda da fecundidade destaca-se entre os principais fatores para a desaceleração da população e as mudanças ocorridas em sua estrutura etária. Muito embora tal redução seja anterior aos anos 1980, foi a partir de então que este comportamento se acentuou e atingiu valores inferiores ao nível de reposição. O número médio de filhos por mulher paulistana caiu de 3,2 para 1,7 filho, entre 1980 e 2010. A expectativa é de que, no futuro, haja maior estabilidade nos níveis já bem baixos da fecundidade, atingindo índice de 1,6 filho em 2050.

A população residente na capital tem ampliado sua esperança de vida ao nascer. Para os homens, houve importante avanço entre 2000 e 2010, com aumento de 5,3 anos, passando de 66,7 para 72,0 anos. Para as mulheres, o incremento foi de 2,8 anos, neste período (de 76,7 para 79,5 anos,). Esperam-se novos avanços no futuro, de modo que, em 2050, a população masculina atinja 79,2 anos de vida e a feminina 84,7 anos.

Do ponto de vista do movimento migratório, o município de São Paulo configurou-se como o maior polo de atração populacional do Estado de São Paulo em décadas passadas, mas reverteu esta tendência histórica no período 1980-1991, quando o saldo entre as entradas e as saídas de migrantes tornou-se negativo e assim permaneceu até hoje, apesar da redução observada no volume negativo deste saldo. Na primeira década do século XXI, a relação entre o saldo migratório e a população paulistana foi de -3,0 migrantes por mil habitantes. A hipótese considerada na projeção foi de continuidade na diminuição dos níveis negativos de migração, que registrariam, no quinquênio 2045-2050, menos de um quarto deste valor, ou seja, -0,7 migrante por mil habitantes.

Leia o estudo na íntegra Aqui

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