MP do Ceará propõe criação de turmas diurnas no EJA para idosos que vivem em ILPIs de Fortaleza

MP do Ceará propõe criação de turmas diurnas no EJA para idosos que vivem em ILPIs de Fortaleza

MP propôs a implantação de um plano piloto EJA para turmas diurnas, visto que atualmente as aulas são apenas noturnas.


O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Tutela Coletiva da Pessoa Idosa de Fortaleza, realizou audiência pública para tratar sobre a inserção de residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no serviço de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da capital. No encontro, ocorrido recentemente (dia 15/04), o MP propôs a implantação de um plano piloto para turmas diurnas, visto que atualmente as aulas são realizadas apenas no período noturno.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade da Educação Básica que permite ao estudante retomar e concluir os estudos, promovendo, dessa forma, qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho e os meios para uma melhor compreensão de sua condição enquanto cidadão.

O promotor de Justiça Alexandre Alcântara reforçou a necessidade da inserção de pessoas idosas na EJA e ressaltou a importância da educação na terceira idade como um direito fundamental e um fator essencial para o desenvolvimento pessoal e social.

O serviço visa garantir o direito à educação básica para quem não teve acesso ou interrompeu os estudos na idade adequada e é voltado para jovens, adultos e idosos com 15 anos ou mais que não concluíram o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) ou o Ensino Médio.

Durante a audiência, o Ministério Público encaminhou ainda a criação de um processo de inscrição específico e adaptado ao público das ILPIs. O levantamento das inscrições subsidiará a elaboração de estratégias interinstitucionais para garantir a efetiva implementação da política pública educacional para pessoas idosas institucionalizadas.

O encontro contou com a participação do Centro de Apoio Operacional da Educação (Caoeduc) do MP do Ceará, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Secretaria da Educação de Fortaleza (SME) e gestores de ILPIs situadas na capital.

Pacto

banmner de pacto de alfabetizacao com foto de mulher idosa

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De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2023, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil em 2023, havia 9,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade não alfabetizadas. Isso equivale a uma taxa de não alfabetizados de 5,4%. Por isso, a alfabetização de jovens e adultos é necessária para garantir o direito à educação desse grupo que nunca frequentou a escola ou não concluiu a educação básica. 

O Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos, lançado em 5 de junho de 2024, é uma política pública construída de forma colaborativa pelo Ministério da Educação (MEC) com a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. O Pacto reúne ações de articulação intersetorial implementadas com a participação de ministérios, da sociedade civil organizada, de organismos internacionais e do setor produtivo. As finalidades do Pacto são: superar o analfabetismo; elevar a escolaridade; ampliar a oferta de matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) nos sistemas públicos de ensino, inclusive entre os estudantes privados de liberdade; e aumentar a oferta da EJA integrada à educação profissional.

Trata-se de uma política pública que tem como objetivos superar o analfabetismo; elevar a escolaridade; ampliar a oferta de matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) nos sistemas públicos de ensino, inclusive entre os estudantes privados de liberdade; e aumentar a oferta da EJA integrada à educação profissional. 

Envolve as seguintes etapas de ensino: ensino fundamental, ensino médio e turmas do Programa Brasil Alfabetizado (PBA). A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) é o órgão responsável por sua execução, tendo como parceiros o Ministério da Educação (MEC), União, estados, Distrito Federal e municípios. Fontes: MPEC e Ministério da Educação


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