Ao exercer o direito de voto, as pessoas idosas contribuem para uma sociedade mais justa e inclusiva.
Neste domingo, dia 6 de outubro, 155,9 milhões de eleitoras e eleitores vão às urnas para eleger prefeitos e vereadores. Desse total, mais de 33 milhões são pessoas com mais de 60 anos, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral. Número mais que suficiente para garantir a vitória de candidatos comprometidos com as pautas voltadas às pessoas idosas.
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Esse eleitorado tem um peso cada vez maior dos eleitores mais velhos. De acordo com o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, o percentual do eleitorado de 60+ era menos da metade do eleitorado jovem (16-24 anos) em 1992 e terminou o século XX ainda em minoria. Mas no século XXI a situação mudou e os eleitores idosos quase empataram em 2010 e chegaram a 20,4% em 2020 contra 13,5% dos jovens. Em 2024, o percentual de idosos no eleitorado chegou a 21,9%, quase o dobro do eleitorado jovem que ficou com 12,9%. Segundo ele, indubitavelmente, a onda prateada já cresceu e vai avançar muito nas próximas décadas.
E é exatamente isso que o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) defende. É preciso que aposentados e idosos escolham candidatos que tenham compromisso com as políticas públicas dessa faixa fundamental em nossa sociedade e que vem crescendo de forma rápida.
Durante os últimos meses, O Ciclo Nacional de Debates do Sindnapi recebeu em todos os estados candidatos para ouvir as propostas e apresentar nossas pautas, cobrando esse compromisso com nossas lutas.
Um trabalho que, com certeza, vai auxiliar muitas famílias a escolher em quem votar. Mas precisamos também que as pessoas idosas votem. Mesmo aquelas que já têm mais de 70 anos e estão desobrigadas, pela lei, a comparecerem às urnas.
Vale lembrar que no Brasil o voto é obrigatório, exceto para quem é analfabeto, tem 16 e 17 anos de idade ou mais de 70 anos. Esses eleitores não precisam justificar ausência nas votações nem sofrem qualquer tipo de penalidade por parte da Justiça Eleitoral caso decidam não participar do pleito.
A idade não limita o exercício da cidadania
Mas o voto da pessoa idosa é um instrumento poderoso para reivindicar políticas públicas que atendam às suas necessidades e garantam uma velhice digna. Isso fortalece a nossa democracia e ajuda a construir um futuro mais justo e igualitário para todos.
É fundamental a participação de todos para que possamos ter nos legislativos e executivos municipais pessoas que realmente possam pensar em políticas públicas para a população que necessita delas.
Fontes: Milton Cavalo (Presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi)
José Eustáquio Diniz Alves (linkedin), demógrafo e colaborador do Portal do Envelhecimento.