Dossiê Finados

Neste Dossiê, uma das entrevistadas, Maria Julia Kovács, comenta sobre a necessidade de que os profissionais e o sistema de saúde se preparem diante do envelhecimento da população e de outras questões a serem cada vez mais impostas à sociedade como o direito a morrer com dignidade, evitando o excesso de medicalização e o sofrimento desnecessário no final vida.

 

 

dossie-finadosO Dossiê Finados, editado por Marina Gomes e Rodrigo Cunha, traz matérias especiais que tratam da morte. Faz parte da Revista Eletrônica de Jornalismo Científico.

Este Dossiê, apresenta em seu editorial uma reflexão sobre “As designações da morte no Cafundó” por Carlos Vogt. O autor explica que “O Cafundó, comunidade negra localizada no município de Salto de Pirapora, perto de Sorocaba, no estado de São Paulo, tem uma característica cultural que tem sido objeto de atenção de estudiosos e de jornalistas desde a sua ‘descoberta’ em 1978”.

A psicóloga e professora livre-docente do Instituto de Psicologia da USP que também coordena o Laboratório de Estudos sobre a Morte (LEM), Maria Julia Kovács, é a entrevistada do Dossiê, por Patrícia Santos. Na entrevista vários assuntos são abordados sobre a importância dos rituais relacionados à morte e ao luto, entre eles, morte, luto, bioética e formação profissional em saúde e educação, áreas de estudo da psicóloga que tem uma vasta produção iniciada nos anos 1980.

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A reportagem intitulada “As histórias que os mortos contam”, de Cassiana Purcino Perez e Simone Caixeta de Andrade, relata que “Richard Prayson descreve em seu livro Diagnoses from the dead: the book of autopsy, que Napoleão Bonaparte, falecido em 1821, fez o seguinte pedido a seu médico particular: “Depois da minha morte eu desejo que você realize uma autópsia… faça um relato detalhado ao meu filho”. Napoleão há muito sofria com perda de apetite, fezes sanguinolentas e febre. A autópsia revelou claros sinais de câncer de estômago. Esse foi o primeiro registro do termo autópsia e, segundo matéria publicada na revista História Viva, fomentou teorias da conspiração, que defendiam que Napoleão teria sido envenenado por arsênico pelos ingleses. As conclusões definitivas só foram obtidas em 2007, com novas autópsias e com técnicas avançadas de patologia, que confirmaram o câncer gástrico como causa da morte, segundo resultados publicados na revista Nature Clinical Practice Gastroenteroloy & Hepatology. Quase duas centenas de anos depois da sua morte, não há dúvidas de que os mortos contam as suas histórias. Contudo, nem sempre as tecnologias à época estão prontas para compreendê-las”.

O Dossiê traz ainda outras reportagens: “Transplante de órgãos no Brasil: questões éticas e legais”, de Gabrielle Adabo e Roberto Takata; “A arte de festejar e ritualizar a morte”, de Ana Paula Zaguetto e Janaína Quitério; “O direito à morte”, de Carolina Medeiros”; e “Morte em números: as principais causas de óbito no Brasil e no mundo”, de Tatiana Venancio.

Entre os artigos, estão, “A morte como tabu”, de José Carlos Rodrigues; “Uma nova forma de luto: os efeitos da revolução tecnológica”, de Regina Szylit Bousso, Maiara Rodrigues dos Santos, Fernando Bousso e Regis Siqueira Ramos; “A morte: relações com a bioética e a religiosidade”, de Paulo Franco Taitson, Laura Raiany Tereza Freitas Gomes; “Desigualdades na morte: narrativas de mulheres do Sertão Central de Pernambuco”, de Luciana Kind e Rosineide Cordeiro; “Diálogos entre a vida e morte nos filmes de zumbis: aproximações e disrupções”, de Paula Gomes; e “Tanatografia e morte literária: decomposições biográficas e reconstruções dialógicas”, de Augusto Rodrigues da Silva Junior.

Enfim, um Dossiê que merece ser lido, afinal, por que não falarmos mais da morte?

Leia o Dossiê na íntegra: Disponível Aqui 

 

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