Vivência religiosa pode ser fator de proteção para o bem-estar psíquico

Vivência religiosa pode ser fator de proteção para o bem-estar psíquico

A vivência religiosa não é uma experiência uniforme entre as pessoas; alguns não sentem falta, mas para outros a religião é pilar fundamental da existência


Qual é a importância da vivência religiosa para a saúde mental de uma pessoa? Essa foi uma pergunta enviada ao podcast Minuto Saúde Mental, da USP, e João Paulo Machado de Sousa apresenta a resposta do professor Ildebrando Moraes de Souza à pergunta. Segundo o professor Ildebrando, a resposta não é muito simples e certamente não cabe apenas no binômio importante/não importante. Há, já de início, um aspecto significativo a ser considerado antes de responder à questão proposta: “A diferença entre espiritualidade e vivência religiosa”.

A espiritualidade pode ser entendida como uma dimensão humana voltada a questões transcendentes, como a busca do sentido e do significado da vida, assim como de sentimentos como fé (na concepção mais ampla do termo), esperança e compaixão que podem ou não incluir uma ideia de divindade associada. A religião, por sua vez, se guia pela ideia da existência de entidades ou manifestações divinas e, embora possa se inserir no amplo espectro da espiritualidade, está mais relacionada ao compartilhamento de um conjunto de crenças e práticas e representa uma das faces da espiritualidade.

Ao longo da história, sobretudo da história pós-Idade Média, ciência e ideias religiosas foram antagônicas e a adesão a um dos lados significava a abdicação do outro. Ainda que em nossos tempos permaneçam traços desse “divórcio ideológico” aparentemente a maior parte das religiões têm aceitado as descobertas científicas como avanços importantes para a humanidade, assim como parte da comunidade científica tem olhado para a espiritualidade e até para as religiões de forma menos aversiva, como características humanas que não podem ser desconsideradas para que se chegue a algum avanço. 

Como a pergunta foi específica quanto à vivência religiosa, o professor Ildebrando Souza levou em conta esse aspecto. “A vivência religiosa não é uma experiência uniforme entre as pessoas. Há pessoas que não se vinculam a nenhuma religião e não sentem falta disso e há pessoas para as quais a religião é pilar fundamental da existência.”

E finaliza, “a vivência religiosa espontânea e equilibrada pode, sim, ser um fator relevante para o bem-estar psíquico, embora não seja garantia de saúde mental em si”.

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Para ouvir na íntegra a resposta, ouça o podcast na íntegra

Serviço
Minuto Saúde Mental
Apresentação: João Paulo Machado de Souza
Produção: João Paulo Machado de Souza e Jaime Hallak
Coprodução e edição: Rádio USP Ribeirão
Apoio: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Translacional, iniciativa CNPq e Fapesp

Fotos de Marcus Aurelius/Pexels


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