No ataúde, vestiram Maria de cor-de-rosa, pintaram seus lábios de rubro como se lhe tentassem reparar uma feminilidade que a minha Maria nunca conseguiu realizar em vida, no prazer estonteante de ser mulher. Por Ana Laura Moraes Martinez (*) Recentemente enterrei minha avó materna. Ela se chamava Maria. A mesma Maria da música de…