Sol e sardinhas aumentam longevidade?

Portugal – O Sol, as sardinhas e o salmão são algumas fontes de vitamina D, uma substância que ajuda a prevenir doenças como o cancro, as depressões, a demência, a esquizofrenia, o raquitismo e os enfartes, alertou um especialista. “A vitamina D pode salvar a vida e todos dependemos dela”, defendeu o especialista norte-americano Michael Holik no II Congresso Ibérico de Medicina Anti-Envelhecimento, realizado em Vilamoura. Michael Holik recordou que uma das principais fontes da obtenção gratuita de vitamina D é o sol, mas frisou que a quantidade absorvida no Inverno é reduzida ou mesmo inexistente, dependendo do país em que se vive. O especialista alertou ainda que quando as pessoas se expõem ao sol com protectores solares estão a bloquear a entrada de vitamina D.


“A falta de vitamina D é muito detectada nas crianças devido ao uso de protectores solares”, refere o professor, indicando que a alternativa é deixar o corpo apanhar sol durante “cinco ou dez minutos por dia sem protector solar”. Outro erro comum é pensar que se consegue obter vitamina D facilmente através da alimentação, principalmente do peixe. Segundo explicou, é muito raro conseguir obter vitamina D através da alimentação e os peixes que são secos ou salgados, para não se estragarem, perdem a vitamina D. “Só pescado como o salmão e a sardinha têm vitamina D”, esclareceu.

Estudos feitos nos EUA com jovens mulheres que chegavam às urgências de hospitais com queixas de “cansaço, dores e tendência para a depressão” revelaram que todas elas tinham falta de vitamina D, contou Michael Holik.A falta de vitamina D também está relacionada com alguns tipos de cancro, nomeadamente cancro da mama, da próstata ou do cólon.

Num outro estudo realizado sobre o cancro da mama, concluiu-se que as mulheres que tinham bons índices de vitamina D através do sol tinham “menos 50 por cento de possibilidade de contrair o cancro da mama do que as que não tinham apanhado sol”.

A vitamina D ajuda também a reduzir a probabilidade de enfartes ou outra doenças cardiovasculares, demência ou esquizofrenia (doenças mentais) ou osteoperose e osteomalácia (ambas doenças de ossos).

O II Congresso Ibérico de Medicina Anti-Envelhecimento realizado em Vilamoura, Algarve, teve como objectivo abordar a Medicina Anti-envelhecimento, através das áreas de desporto, nutrição, sexualidade, genética ou estética. Na sessão de abertura do evento, a presidente do congresso, Isabel Hoffman Miles, recordou que se por um lado a média de idade para morrer é cada vez mais alta, também é verdade que os governos vão ter de apostar mais “na prevenção e promoção da saúde”, porque doenças como a obesidade, diabetes, cancros e doenças neuro-degenerativas também estão a aumentar.

“Estima-se que em 2050 a maior parte dos países vão gastar 20 por cento do PIB em saúde. Em 2000, os custos de saúde eram de cinco por cento do PIB dos países desenvolvidos”, lembrou a presidente do congresso.

Fonte: observatoriodoalgarve.com – 06/06/2009

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