Portugal e seu Envelhecer em Debate

No Ano Europeu do Envelhecimento, toda Europa de mobiliza, mas especialmente em Portugal muitas discussões e debates em defesa dos idosos estão gerando medidas, ações concretas que envolvem não só o poder público como a sociedade em geral, num movimento intergeracional.

 

 

portugal-e-seu-envelhecer-em-debateTrabalhando estas questões, na primeira semana de março, foi realizado um debate sobre o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações. Este evento foi organizado pela eurodeputada social-democrata Maria do Céu Patrão Neves e contou com a participação de Luiz Sá Pessoa, chefe da representação da Comissão Europeia em Portugal, Maria Joaquina Madeira, presidente do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações em Portugal e de Paulo Nascimento Cabral, psicólogo clínico.

Maria do Céu inicia o debate – no qual foi assinado um Protocolo de Cooperação com a Universidade dos Açores – trazendo dados sobre o envelhecimento, a situação de carência e inclusão dos idosos no país: “A Europa é o continente com a população mais idosa do mundo e Portugal é dos países com população mais envelhecida. É imperativo pensar sobre as suas necessidades específicas para que os idosos sejam parte integrante da sociedade”, declarou à imprensa internacional.

Segundo ela, o objetivo do evento é “contribuir para a mudança de mentalidades em relação à população idosa e valorizar a sua herança de vida”. Complementando: uma herança de vida há muito esquecida.

Maria do Céu Patrão Neves destaca que “o envelhecimento é também preocupante nos Açores” e defende a necessidade urgente de “ações concretas na sociedade” para promover a inclusão dos idosos e políticas que promovam o seu bem-estar, adaptadas a cada região.

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Ela ainda reforça que “existe uma população idosa que precisa de políticas adequadas”. É imperativo ouvir esses idosos, entender suas demandas e trabalhá-las seriamente para viabilizar projetos que sejam eficazes, acessíveis e acima de tudo, criativos.

Dentre as muitas ações necessárias, Maria do Céu aponta a área da prestação de cuidados de saúde, “muito direcionados para a geriatria”, tendo em conta que se trata de uma faixa etária que “sofre de várias doenças crônicas”, mas também a “criação de redes sociais para combater o isolamento” e um investimento em “mobilidades, nomeadamente nos transportes, equipamentos e acessibilidades”.

É sempre importante lembrar que muitos destes idosos encontram-se em situação de fragilidade emocional, abandonados, excluídos e profundamente solitários. A dor da solidão pode levar o individuo que sofre ao fim da linha.

Outra questão de fundamental importância é o desemprego. Nesta área Maria do Céu defende ações concretas direcionadas para a população idosa, demonstrando que os estudos mostram que “dois terços da população com mais de 65 anos gostaria de continuar a trabalhar”.

Ela defende a ideia de que “a sociedade tem que se comprometer com ações concretas para promover a inclusão dos idosos”.

Referências

AÇORIANO ORIENTAL (2012). Políticas de envelhecimento ativo em debate. Disponível Aqui. Acesso em 08/03/2012.

AÇORIANO ORIENTAL (2012). Eurodeputada defende ações específicas para inclusão dos idosos. Disponível Aqui. Acesso em 08/03/2012.

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