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Pesquisa revela que quanto mais idoso e mais baixa a escolaridade, maior o risco de demência

A pesquisa, realizada no município de Tremembé, aponta que entre os cuidados preventivos estão o incentivo à escolaridade, a boa alimentação, a prática de atividades físicas e os estímulos cognitivos

Redação Jornal USP no Ar (*)


Um estudo realizado no município de Tremembé, localizado a 133 km de São Paulo, registrou alta taxa de demência na população idosa. Essa é uma das poucas pesquisas sobre a doença na América Latina e também indica que envelhecimento e escolaridade são fatores de risco. Tremembé é vizinha de cidades como Taubaté e Pindamonhangaba, localizada bem próximo de cidades consideradas polos turísticos, como Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal.

A pesquisadora e neurologista Karolina César-Freitas, membro do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP, conta que o estudo segue uma linha de pesquisa iniciada em 2012. Um acompanhamento de cerca de cinco anos foi feito com idosos que inicialmente não tinham demência para, em seguida, analisar a parcela dessa população que desenvolveu o quadro.

“O principal fator de risco foi o próprio envelhecimento e a escolaridade”, afirma Karolina ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição. “Quanto mais idoso e mais baixa a escolaridade, maior o risco de demência.” Pessoas que já possuíam algum tipo de comprometimento cognitivo também tiveram mais chances de desenvolver demência.

A pesquisadora explica que demência é um termo utilizado para diversas condições, como o Alzheimer. Entre os sintomas, estão o prejuízo de memória recente, desorientação temporal e dificuldade de linguagem. “Muitos familiares demoram para procurar ajuda médica porque acham que a falha de memória é normal nessa faixa etária”, afirma.

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O estudo também ressalta fatores preventivos que se aplicam a todas as faixas etárias, como o estímulo à escolaridade e à atividade física, o controle de hipertensão e diabete, evitar abuso de álcool, boa alimentação e estímulos cognitivos. “São mudanças de comportamento, atitude e estímulos que fazem a gente ter uma vida mais saudável e envelhecer com o cérebro mais saudável possível”, ressalta Karolina.

(*) Redação Jornal USP no Ar – Matéria publicada em 27/08/2021

Foto destaque de Kindel Media/Pexels


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