A partir dos 60 anos, as massas muscular e óssea diminuem e essas alterações, consequência do processo de envelhecimento, fazem com que os músculos fiquem flácidos, a densidade dos ossos diminuída, as articulações e ligamentos com menos elasticidade e força e a cartilagem, que envolve as articulações, com mais desgaste.
Andréa Barbieri Pagotto *
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A atividade física, indiscutivelmente, traz benefícios e bem-estar para a saúde de qualquer pessoa. Porém, para o idoso tem que ser eficiente e segura. “Muitos idosos são orientados a fazer caminhada ou hidroginástica, mas muitas vezes eles nem conseguem se levantar sozinhos. Precisam ganhar força antes”, explica a fisioterapeuta Marcia Viana, especializada em Fisiologia do Exercício na Doença e no Envelhecimento pela UNIFESP. A profissional oferece um treinamento resistido para grupos especiais. Com aparelhos adequados e confortáveis é possível fortalecer a massa muscular e óssea.
É o caso de Isaias Côrtes (foto), que tem 94 anos e faz o treinamento de força há cinco anos. Antes sentia muitas dores nas pernas e mal conseguia andar. “Hoje, faço caminhada todos os dias, subo e desço escadas sem dificuldade, ganhei força nas pernas”, diz Côrtes.
Os aparelhos utilizados para esse tipo de treinamento são desenvolvidos especialmente para o público com alguma limitação. O sistema utilizado é de alavanca, que leva a carga aos músculos, preservando as articulações e tendões de sofrerem qualquer tipo de lesão. “São bem mais confortáveis e seguros que os tradicionais aparelhos com sistema de cabo de aço”, completa a fisioterapeuta.
A professora aposentada Maria Dulce Borges, 65 anos, conta que sofria com as dores que a artrose e a cifose provocavam. “Tinha dificuldade em descer escada, muita dor no joelho, o treinamento acabou com as dores e me deu mais força na musculatura”. Além das fortes dores, há um ano Maria Dulce rompeu o tendão do ombro direito em um acidente doméstico e foi recomendada uma cirurgia. “Fazendo o treinamento, não precisei passar pela cirurgia e já recuperei todos os movimentos do ombro”, conta a professora.
O treinamento é monitorado por um fisioterapeuta, que observa a pressão arterial antes, durante e depois do treino, a intensidade dos exercícios é controlada, como regra de segurança são respeitados o peso nos aparelhos, a amplitude dos movimentos e o tempo de repouso. “O exercício tem que ser o mais agradável e eficiente possível”, diz a fisioterapeuta.
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