Os 12 países com maior quantidade de idosos no século XXI

Os 12 países com maior quantidade de idosos no século XXI

O mundo tem 1,1 bilhão de idosos e os 12 países com maior número de pessoas 60+ são: China, Índia, EUA, Japão, Rússia, Brasil, Indonésia, Paquistão, Bangladesh, México, Nigéria e Etiópia.


A principal característica demográfica do mundo atual é o envelhecimento populacional. A população total do mundo chegou a 1 bilhão de habitantes em 1804, a 2 bilhões em 1927, a 3 bilhões de habitantes em 1960 e deve alcançar 8 bilhões de habitantes em 15 de novembro de 2022. O crescimento da população idosa não só acompanhou este aumento absoluto, como também aumentou em termos relativos. Assim, nunca houve tantas pessoas idosas no mundo e a população global de idosos chegou a 1 bilhão de indivíduos com 60 anos e mais de idade em 2018 (representando 13% da população total), deve atingir 2 bilhões em 2047 (21% do total) e deve saltar para 3,1 bilhões de idosos em 2100 (30% do total), conforme mostra o gráfico abaixo, que apresenta, na linha vermelha mais cheia, a projeção média (a mais provável) dos cenários populacionais da Divisão de População da ONU.

O mundo tem 1,1 bilhão de idosos em 2022 e os 12 países com maior quantidade de pessoas de 60 anos ou mais de idade são, por ordem decrescente, China (264,7 milhões), Índia (148,7 milhões), EUA (79,3 milhões), Japão (44,4 milhões), Rússia (32,9 milhões), Brasil em 6º lugar com 31,5 milhões, Indonésia (29,9 milhões), Paquistão (15,9 milhões), Bangladesh (15,8 milhões), México (15,5 milhões), Nigéria (10,4 milhões) e Etiópia (6,1 milhões de idosos), segundo as novas estimativas da ONU (revisão 2022).

Mas como a dinâmica demográfica é diferenciada nos diversos países a quantidade de idosos e ordem nacional devem se modificar ao longo do século XXI. Em 2050, a quantidade global de idosos deve alcançar 2,1 bilhões de pessoas com 60 anos e mais de idade e não haverá alteração na ordem dos 3 primeiros lugares: China (509,4 milhões), Índia (347,6 milhões) e EUA (111,1 milhões). A Indonésia (com 64,9 milhões) pula para o 4º lugar. O Brasil fica em 5º lugar em 2050 com 66,5 milhões de idosos. O Japão (45,3 milhões) cai para o 6º lugar e a Rússia (43,4 milhões) cai para o 7º lugar. Bangladesh (43,4 milhões) sobe para 8º lugar e em seguida aparecem Paquistão (36,6 milhões), México (35,9 milhões), Nigéria (25,1 milhões) e Etiópia (18,7 milhões).

Em 2100, a quantidade global de idosos deve chegar a 3,1 bilhões de pessoas com 60 anos e mais de idade. A Índia, com 552 milhões de idosos, passa a ocupar a liderança, superando a China com 361,6 milhões de idosos. Os EUA manterão o 3º lugar com 143,2 milhões. O Paquistão (112,6 milhões) ficará em 4º lugar, a Nigéria (96,7 milhões) em 5º, a Indonésia (93,9 milhões) em 6º lugar e a Etiópia dará um pulo para o 7º lugar com 78,3 milhões. O Brasil deve ficar no 8º lugar com 73,3 milhões de idosos. Em seguida aparecem Bangladesh (68,1 milhões), México (47,9 milhões), Rússia (37,8 milhões) e, por último, o Japão com 32,9 milhões de idosos no final do século.

Os gráficos abaixo mostram a evolução da população de 60 anos e mais de idade, entre 1950 e 2100, para os mesmos 12 países. Nota-se que em algumas nações a população idosa, assim com a população total, atinge um pico e depois decresce até 2100. A China deve atingir um número máximo de 518 milhões de idosos em 2054, decrescendo para 361,6 milhões em 2100. O Japão deve atingir o máximo de 47,3 milhões de idosos em 2038, diminuindo para 32,9 milhões em 2100. A Rússia deve chegar a 43,8 milhões de idosos em 2052 e decrescer para 37,8 milhões em 2100. O Brasil deve atingir um montante máximo de 78,9 milhões de idosos em 2072, reduzindo para 73,3 milhões em 2100. O México atingirá o pico em 2081 com 50,2 milhões de idosos, caindo para 47,9 milhões em 2100 e Bangladesh terá o pico de 69,8 milhões em 2089, caindo para 68,1 milhões de idosos em 2100. Os demais países vão ter um crescimento contínuo da população idosa no restante do século.

O aumento da proporção de idosos no mundo e nos países é uma tendência inexorável do século XXI. Em 1960 o mundo tinha 3 bilhões de habitantes e 236 milhões de idosos (representando 7,8% do total populacional). No ano 2100 o mundo terá 10,3 bilhões de habitantes e 3,1 bilhões de idosos (representando 30% do total). No final do atual século, entre os 12 países considerados, a Nigéria terá a menor proporção de idosos, com 17,7%. O Brasil terá 40% da população idosa e o Japão será o país mais envelhecido com 44,6% da população com 60 anos e mais de idade.

O envelhecimento populacional ocorre em função da queda da taxa de natalidade e do aumento da longevidade e, neste sentido, representa uma conquista da humanidade. Em 2100, a expectativa de vida ao nascer deve chegar a 82 anos no mundo, a 88 anos no Brasil e a 94 anos no Japão. As pessoas terão uma vida mais longa e terão mais tempo para realizar os seus sonhos e contribuir com a sociedade. O grande desafio das próximas 8 décadas é transformar este “tsunami grisalho” em um envelhecimento saudável e ativo, para que todas as gerações possam prosperar e ter uma vida melhor e com maior bem-estar humano e ambiental.

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Referência
ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI (com a colaboração de GALIZA, F), ENS, maio de 2022. Disponível em:
https://ens.edu.br:81/arquivos/Livro%20Demografia%20e%20Economia_digital_2.pdf

Foto destaque: Casal de idosos Maria de Lourdes Ribeiro Bastos e Tertuliano Antonio Ribeiro no quintal da casa. foto Cecília Bastos/ USP Imagens


https://longeviver.com/conecta/edital-itau-2022.php?

José Eustáquio Diniz Alves

Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE. Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: [email protected]. Link do CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2003298427606382E-mail: [email protected]

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