Cada vez mais é evidente a busca pelas fórmulas mágicas anti envelhecimento. Uma das áreas da medicina que mais cresce é a das cirurgias plásticas. Parece sem lógica, mas ninguém quer envelhecer; e para isso, a única saída é morrer cedo, pois ainda não inventaram nenhum medicamento que faça com que as células do corpo permaneçam eternamente jovens – mas acredito que não demora pra isso acontecer.
Iraí – jaime Folle
Todo ser humano, se pudesse, voltaria no tempo para não envelhecer. Napoleon Hill, em suas pesquisas sobre os medos do ser humano, descobriu, com mais de quinze mil entrevistas pelo mundo, que na escala destes medos, o da velhice é um dos que mais perturba o ser humano.
O apego à juventude é percebido quando os cinquentões começam a usar calça jeans e tênis, começam a pintar o cabelo e o bigode. Quando as quarentonas continuam usando as mesmas roupas que as adolescentes usam, na tentativa frustrada de parecerem jovens.
Homens e mulheres querem imitar a juventude, tanto no vestir, na linguagem, na cultura como, principalmente, na aparência física. Há uma busca desmedida pela pele sem rugas, pelo cabelo sem fios brancos, pelas pernas torneadas e sem varizes, pela barriga ‘sarada’, enfim, não se mede dinheiro e nem esforços pela aparência dos eternos 20 anos.
Este medo, este pavor da velhice não passa de pura falta de conscientização, pois o envelhecimento faz parte da vida e deveríamos aprender com ele. Envelhecer é lindo, significa experiência, maturidade, conhecimento, continuidade de vida e sabedoria.
À medida que a idade avança, vamos redescobrindo a vida e quão bela ela é. Não importa que idade você tem, importa quanto de vida você quer viver. A ânsia pela juventude é em vão, pois o tempo que passou não volta.
De que adiantam as plásticas, se a voz e as mãos te condenam?
Não quero aqui parecer contra as cirurgias plásticas, só acredito que tudo o que é excessivo torna-se vago, pois a verdadeira essência da juventude é saber envelhecer fisicamente, mas permanecer com o espírito jovem. E o que precisamos, mesmo, é aprender a conviver com a idade e aceitar os seus sinais.
Até a próxima!
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Disponível Aqui, 21 de Maio de 2010 – 14:40
