Nabi Tajima, a última supercentenária, tinha se tornado a terceira mulher mais longeva, com mais de 160 descendentes. Ela viveu em Kikai, sul do Japão. O número de pessoas com idade de 110 anos ou mais, tem crescido, mas somente oito pessoas na história, todas mulheres, comprovadamente, ultrapassaram os 117 anos.
A supercentenária Nabi Tajima (04/08/1900-21/04/2018), a última pessoa nascida no século XIX e a terceira mulher mais longeva de todos os tempos, morreu no dia de Tiradentes (21 de abril). Ela nasceu em agosto de 1900 (o século XX começou em 01 de janeiro de 1901) e, segundo familiares, tinha mais de 160 descendentes. Ela viveu em Kikai, um distrito da ilha de Kyushu, ao sul do Japão. Nos últimos meses, Tajima não mais falava e passava a maior parte dos dias dormindo. Ela se tornou a pessoa mais idosa do mundo depois da morte da jamaicana Violet Brown, em 15 de setembro de 2017.
O número de pessoas supercentenárias (aquelas com idade de 110 anos ou mais), tem crescido, mas somente oito pessoas na história, comprovadamente, ultrapassaram a idade de 117 anos, segundo o prestigioso Grupo de Pesquisas de Geriatria dos EUA (GRG, na sigla em inglês).
A tabela abaixo mostra a lista das pessoas (todas mulheres) mais longevas de todos os tempos, segundo o GRG. O recorde absoluto pertence à francesa Jeanne Calment (1875-1997) que viveu mais de 122 anos, seguido pela norte-americana por Sarah Knauss (1880-1999) que viveu mais de 119 anos. Portanto, Nabi Tajima tinha se tornado a terceira mulher mais longeva, depois que ultrapassou a também norte-americana Lucy Hannah (1878-1993).
Passar dos 110 anos e virar um supercentenário é um evento raro. Passar dos 117 anos é um privilégio raríssimo e pouquíssimas pessoas atingiram esta marca. Na verdade, ultrapassar o limite de 115 anos é muito difícil. Segundo a lista do GRG, somente 45 pessoas, comprovadamente, atingiram esta marca.
Na verdade, a ideia do prolongamento indefinido da vida e de uma longevidade de 150 anos, ou superior, não passa de uma meta que está longe de ser alcançada. Artigo publicado na prestigiosa revista científica Nature (Dong, Milholland e Vijg, 05/10/2016), mostra que os avanços médicos têm aumentado a esperança de vida ao nascer, mas a longevidade quase sempre esbarra no teto ao redor dos 115 anos. Segundo os autores, para superar este limite seria preciso mudar toda a estrutura genética da espécie humana. Porém, o processo de envelhecimento é tão complexo que não seria possível mudar substancialmente as bases biológicas da constituição do ser humano.
De acordo com o GRG, após a morte de Nabi Tajima, as quatro pessoas mais idosas são as japonesas Chiyo Miyako (02/05/1901) e Kane Tanaka (30/05/1902) e as italianas Giuseppina Projetto-Frau (30/05/1902) e Maria-Giuseppa Robucci (20/03/1903). A lista de supercentenários tem se avolumado, mas o recorde de pessoas com longevidade superior a 118 anos continua somente com as marcas de Jeanne Calment (122 anos) e Sarah Knauss (119 anos).
Buscar o aumento da longevidade parece ser um objetivo que continuará sendo perseguido pelos intermináveis tempos vindouros, mas, sem dúvida, o mais importante no alongamento da sobrevida é garantir o bem-estar e o “longeviver” saudável.
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