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Morar sozinho contribui para o descuido com a alimentação

O fato de morar sozinho pode contribuir para o descuido com a alimentação. “Em geral, o idoso se contenta com um lanche leve, que nem sempre sacia todas as suas necessidades alimentares”, ressalta Ricardo Rosenfeld, Diretor Médico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil. Em muitos casos há falta de apetite e a saúde bucal está prejudicada, o que impede o idoso de deglutir alimentos mais sólidos. “A diminuição na ingestão alimentar que ocorre naturalmente, conforme envelhecemos, pode levar a pessoa idosa ao risco nutricional”, conclui.


Será que este não é o caso do seu avô ou avó ou pais? Eles moram sozinhos? Será que se alimentam bem? O melhor “presente” que um neto ou neta pode dar aos avós é prestar atenção em suas necessidades, já que muitos não interpretam a má qualidade da alimentação como um problema.

Estudos norte-americanos mostram que já a partir dos 40 anos de idade as pessoas perdem cerca de 8% da massa muscular a cada década. Se houver redução no consumo de alimentos e na atividade física, esses fatores levarão a uma velhice frágil. Com o envelhecimento, ocorrem mudanças na composição corporal. Há um aumento na gordura corporal total, diminuição de massa magra e da hidratação.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que mais de 3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais moram sozinhos. Ainda de acordo com o IBGE, de 2001 a 2011, aumentou 35,6% o número de pessoas que moram sozinhas no Brasil. Dados do IBGE indicam ainda que a região Nordeste que tinha a menor esperança de vida em 1980 (58,25 anos) teve, em 30 anos, um incremento de 12,95 anos nesse indicador, chegando, em 2010 a 71,20 anos.

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) também identificou que o processo de envelhecimento da população brasileira vem se intensificando nos últimos anos. “A projeção para 2025 é que aumente o número de idosos, principalmente os de 80 anos ou mais”, afirma Renata Salles, médica geriatra do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e membro da diretoria da SBGG. Segundo ela, estima-se que em 2025 o Brasil terá a sexta maior população de pessoas com 60 anos ou mais do mundo, o que representará cerca de 34 milhões de habitantes, o dobro da população idosa atual.

O objetivo da Gerontologia, área do conhecimento é estudar o impacto do envelhecimento – pela perspectiva psico-sociocultural – no indivíduo procurando saber como se dá esse processo, além do impacto da velhice na sociedade. Para Renata Salles, “A boa nutrição é um dos fatores que pode influenciar a longevidade”. Ela ressalta que conforme as pessoas envelhecem, o corpo necessita de mais proteínas, vitamina D, cálcio e outros nutrientes importantes para a saúde geral, a dos ossos e para a força muscular. Segundo ela, “A nutrição administrada por meio de suplementos orais possibilita aumentar a ingestão de nutrientes, em casos de consumo insuficiente de alimentos, tão comum nesta faixa etária”.

A médica da SBGG alerta para a necessidade de identificar idosos pré-frágeis e com risco nutricional, para que se estabeleça programa de nutrição e atividade física e se previna, reverta ou reduza o processo de fragilidade, com melhora na funcionalidade e qualidade de vida das pessoas idosas, principalmente dos longevos.

Suplementos

Existem no mercado alguns suplementos nutricionais com que contribuem para a manutenção da saúde muscular e celular, entre eles Nutridrink, Souvenaid (ambos da Nutriservice/Support / Danone), e o Ensure® Plus (da Abbott). É importante lembrar que a atividade física também deve ser mantida. Isso não significa que é necessário frequentar uma academia. Atividades simples como caminhar, cuidar do jardim, passear com um animal de estimação já são formas de manter-se ativo. Uma nutrição equilibrada e variada, além da prática de atividade física, devem ser realizadas sempre.

Tanto a Supporte/Danone quanto a Abbott, por exemplo, realizam periodicamente educação médica continuada com médicos, dentre eles geriatras, cardiologistas, clínicos gerais e demais especialidades para a atualização de necessidades nutricionais relacionadas à velhice. Segundo a Abbot, em 2012 e 2013, mais de 300 médicos participaram dos eventos no Brasil.

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A Abbott tem vários produtos de nutrição indicados clinicamente para atender às diferentes necessidades de dietas para pessoas em sérias condições de saúde ou com necessidades nutricionais específicas, como a marca Glucerna®, com suplementos alimentares para controle glicêmico.

Referências

Grimby GB et al. Acta Physiol Scand. 1982;115:125.

Larsson L et al. J Appl Physiol. 1979;46:451.

Flakoll P et al. Nutrition. 2004;20:445-451.

Baier S et al. J Parenter Enteral Nutr. 2009;33:71-82.

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