A articulação pode ampliar o fortalecimento na representação de segmentos, expandindo o interesse dos agentes políticos nesse segmento populacional.
Em tempos de eleição, setores da sociedade organizada no Brasil se mobilizam para buscar junto a quem é pré-candidato ou pré-candidata à Presidência do país quais são seus planos de governo caso vençam a eleição presidencial. Para mim, algo absolutamente necessário em um país democrático. Aliás, serve como bom exemplo da importância de estarmos em um país democrático.
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Setores historicamente organizados na defesa de seus direitos e garantias de direitos – em especial aqueles relacionáveis à esfera econômica como o agronegócio, bancos, grandes comércios e indústrias – atuam para que suas agendas temáticas na sua área de atuação mercantil sejam apontadas por aqueles que têm interesse em comandar o país. Inclusive, quais são seus planos na política fiscal (orçamento) brasileira.
Em segmentos representativos que não têm tanto histórico de poder na articulação, e aí incluo quem é defensor de direitos e garantias às pessoas idosas, a necessidade de se debater articulações entre os segmentos da sociedade civil para apresentar suas agendas orçamentárias às principais lideranças políticas brasileiras.
Nestes momentos, mobilização e articulação para fazê-las falar publicamente (em que se pese, o histórico de falas não cumpridas), é necessário. Em tese, articulações podem ampliar o fortalecimento na representação de segmentos, ampliando o interesse dos agentes políticos nesse segmento populacional.
A hora de mobilização e articulação chegou, pois, a eleição está se aproximando e em momentos e cenários assim, boa parte da classe política “se transforma”, demonstrando um interesse que nem sempre eram demonstráveis nos últimos anos antes do período eleitoral.
Por isso é estrategicamente necessário que grupos de interesses em políticas públicas voltadas às pessoas idosas se organizem com o objetivo principal de ampliar a demonstração de interesse pela classe política em planejar ações governamentais, propondo o planejamento orçamentário para tais políticas públicas. Quanto mais mobilizados e articulados, possivelmente mais fortalecidos.
Em tempo:
Carta Manifesto aos Partidos e aos Candidatos Elegíveis
Assista a Carta Manifesto aos Partidos e aos Candidatos Elegíveis lançada pelo movimento “Velhices Cidadãs”, originado do movimento “Velhice não é Doença”, do qual o Portal do Envelhecimento faz parte. A Carta Manifesto é destinada aos partidos políticos e aos candidatos elegíveis reivindicando seu posicionamento para todas as questões importantes para a população idosa. Divulgue essa carta manifesto e cobre dos políticos de sua região seu posicionamento. Lembre-se, seu voto fará toda a diferença! E mobilização e articulação é tarefa de todos nós que lutamos por uma velhice digna e inclusiva!
Foto de Andrea Piacquadio/Pexels