Ministério da Saúde lança a campanha Prevenção da osteoporose: da criança à pessoa idosa

A Campanha que começou no dia 22 de outubro, tendo como tema “Prevenção da osteoporose: da criança à pessoa idosa”, chama a atenção para o fato de que a adoção de hábitos saudáveis pelas crianças pode prevenir ou minimizar o aparecimento da doença na vida adulta.


Luiza Fernandes Machado, coordenadora da saúde do idoso do ministério entende que o enfoque da campanha pode até causar certo estranhamento por parte da população, já que se trata de uma doença relacionada ao processo de envelhecimento. Ela explica: “Um dos grandes problemas de saúde pública que enfrentamos são quedas e fraturas nas pessoas idosas. Se você quer ter ossos fortes na velhice, a prevenção deve começar na infância”.

A coordenadora afirma: ‘É nessa fase que o organismo tem maior capacidade de absorção do cálcio. “Ninguém envelhece quando chega aos 60 anos. O envelhecimento acontece a cada dia. Por isso, é fundamental que todos se previnam de problemas.”

Afinal, o que é a osteoporose?

Luiza Machado explica: “A osteoporose faz parte do processo natural de envelhecimento e caracteriza-se pela diminuição substancial da massa óssea que provoca ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos à fraturas. É uma doença silenciosa e que causa muito sofrimento, já que, geralmente, é descoberta em idosos, após fratura provocada por uma queda e até escorregão”.

Principais orientações

“O Ministério da Saúde alerta para a necessidade da criança beber mais leite — mínimo de três copos por dia — e derivados (iogurte, queijo), e reduza o consumo de refrigerante. Também é preciso acrescentar ao cardápio itens como peixe, legumes verde-escuros e alimentos oleaginosos, como castanha e nozes – todos ricos em cálcio, que fortalecem os ossos.”

“Tomar sol, de 15 a 20 minutos por dia, para a fixação da vitamina D, que estimula a absorção de cálcio pelo organismo — o “banho de sol” deve ser tomado antes das 10 horas da manhã ou depois das 16 horas, sempre sem filtro solar.”

“É fundamental fazer atividades físicas para fortalecer ossos e músculos. É importante lembrar que essas medidas não valem só para crianças, mas também para adolescentes, adultos e idosos”.

Situação atual e objetivos da campanha

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos homens, acima de 50 anos, sofrem com a osteoporose. No Brasil, o número de pessoas que possuem a doença chega a 10 milhões e os gastos com o tratamento e a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS), são altos. “Só em 2010, o SUS gastou aproximadamente R$ 81 milhões para a atenção ao paciente portador de osteoporose e vítima de quedas e fraturas”, informa Luiza Machado.

A meta do governo federal é reduzir em 2%, ao ano, a taxa de internação hospitalar por fratura de fêmur em pessoas idosas. Apenas, em 2010, foram internados 74 mil brasileiros na rede pública por fratura de fêmur. Para isso, o governo federal firmou acordo com estados e municípios (com população acima de 100 mil habitantes), para a redução progressiva de internações por fratura de fêmur, desde 2008 com o Pacto Pela Vida.

Com a campanha em curso, informações sobre a doença, alimentação e hábitos de vida saudáveis que previnem a osteoporose serão divulgados em todos os Estados. A ideia é mobilizar estudantes, gestores das escolas, profissionais de saúde e governos locais. Finalmente encontramos uma ação concreta que trabalha a evolução da doença de forma clara, educativa e preventiva.

Referências
CORREIO DO ESTADO (2011). Ministério da Saúde lança campanha de osteoporose com foco em crianças. Disponível Aqui. Acesso em 22/10/2011.

MELLO, C. (2011). Por um futuro saudável. Disponível Aqui. Acesso em 22/10/2011.
PORTAL DA SAÚDE. (2011). Prevenção à osteoporose deve começar na infância. Disponível Aqui. Acesso em 22/10/2011.

Portal do Envelhecimento

Compartilhe:

Avatar do Autor

Portal do Envelhecimento

Portal do Envelhecimento escreveu 4308 posts

Veja todos os posts de Portal do Envelhecimento
Comentários

Os comentários dos leitores não refletem a opinião do Portal do Envelhecimento e Longeviver.

LinkedIn
Share
WhatsApp
Follow by Email
RSS