Richard Robinson e seus colegas da universidade de Colúmbia e Stony Brook, nos Estados Unidos, acreditam que isso é possível. A pesquisa, que eles reconhecem trazer esse um sonho para mais próximo da realidade, foi publicada no periódico científicos The Journal of Physiology.
Melanie Thomson *
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- 29/12/2016
O marcapassos natural do corpo humano, chamado nodo sinoatrial (SA), é extremamente vulnerável a danos durante um ataque cardíaco, freqüentemente deixando o paciente com um ritmo cardíaco fraco, lento ou não-confiável. O coração tem uma capacidade limitada de se recuperar de danos, de forma que o enfoque convencional é encaixar um dispositivo eletrônico para monitorar e controlar diretamente o ritmo cardíaco.
Marcapassos natural
Terapias para ajudar a aumentar a taxa de batimentos cardíacos biologicamente pode ser uma solução muito melhor, mas há alguns desafios. A forma como os sinais elétricos são gerados no nodo sinoatrial – e, desta forma, o ritmo cardíaco resultante – estão longe de ser algo simples. Há três rotas diferentes que podem estar envolvidas no direcionamento dos sinais elétricos entre as células – os chamados HCN.
A pesquisa agora publicada ajuda a lançar algumas luzes sobre os segredos dos canais HCN, mas, mais importante, ela descreve uma cultura celular que os pesquisadores desenvolveram que imita precisamente o funcionamento das HCN no coração de mamíferos, tornando as futuras pesquisas na área muito mais fáceis e rápidas.
Os pesquisadores usaram seu novo modelo celular para religar geneticamente dois canais HCN. A taxa cardíaca resultante é muito rápida, com pequenas pausas irregulares, exatamente como já havia sido observado em cães e em camundongos.
Primeiros passos
São os primeiros passos, mas os novos modelos celulares e computadorizados são ideais para testar novos medicamentos para influenciar a taxa de batimentos cardíacos e abrir o caminho para o desenvolvimento de marcapassos biológicos.
Segundo os cientistas, o estudo “facilitará o desenvolvimento de marcapassos biológicos práticos ao permitir uma avaliação mais completa e rápida das mutações dos canais individuais por meio da combinação de estudos simulados e biológicos antes de fazer os testes completos em modelos animais.”
Fonte: Diária Saúde -29/06/2009. Disponível Aqui