Eles criaram uma pulseira para facilitar a vida de idosos e pessoas que sofrem de perda de memória. “Essa pulseira ela tem um chip de celular, um código de barras e um sistema de GPS. Então a família, por um meio de um software que eles instalariam ou no celular ou no computador pessoal, delimitaria um território, onde ele poderia caminhar livremente e caso o idoso saísse desse limite, por meio do chip na pulseira dele, uma mensagem seria automaticamente enviada para o celular ou computador do familiar”, explicou Júlia Saturnino Camacho à imprensa.
Além da pulseira, os oito alunos também programaram um robô capaz de realizar tarefas que simulam atividades de uma pessoa com idade avançada. Com esses projetos, os estudantes superaram 56 equipes de 11 estados do país e conquistaram a etapa nacional do torneio “First Lego League (FLL)”, uma das mais importantes competições de robótica do mundo.
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Robótica e tecnologia para ajudar idosos
Jovens cientistas de todo o país elaboraram projetos voltados à melhoria da qualidade de vida de idosos. Depois de meses de estudo em grupo, eles desenvolveram protótipos avançados de tecnologia robótica que pretendem lançar futuramente no mercado.
Os cientistas são crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, que representaram colégios públicos e privados de todo o país no Torneio de Robótica First Lego League. Realizado desde 2004, o evento tornou-se referência para os jovens que querem mudar o mundo sem abrir mão do que mais gostam: diversão, tecnologia e interatividade.
Orientados por técnicos e mentores, os adolescentes fizeram pesquisa social e tecnológica para desenvolver protótipos que poderiam ter saído de qualquer universidade. Estudantes de um colégio estadual em Santa Rita do Sapucaí (MG) desenvolveram uma dupla de relógios em que a variação de pressão no idoso aciona alarme na unidade que fica com seus filhos ou responsáveis. A localização é enviada por GPS.
“A proposta vai ao encontro da demanda do Brasil por mão de obra qualificada em tecnologia, que está sendo importada. Queremos despertar o jovem para esse mundo”, explica Marcos Wesley, do Instituto Aprender Fazendo. A cada ano, além de torneios que testam a agilidade na operação de robôs, os participantes apresentam projetos voltados para a melhoria da sociedade em que vivem. Em 2013, foi a vez da terceira idade.
No estande de Catalão (GO), estudantes apresentaram um relógio diferente para os esquecidos. Os alarmes são programados para avisar sobre remédios e dosagens que devem ser ingeridos. Símbolos substituem os números na opção pensada especialmente para analfabetos. “Pela nossa pesquisa, entendemos que o idoso tem suas limitações, mas quer ser independente”, explicou Luiz Dias, técnico da equipe.
O grupo que representou o Rio de Janeiro (RJ) apostou em um mecanismo que lê ondas cerebrais para movimentar objetos. “Pode ser usado para assentos e camas subirem e descerem, ajudando idosos com problema no joelho ou de locomoção”, explicou. Embora todas as ideias pareçam dignas de prêmio, apenas três das 60 equipes disputarão torneios na Europa e nos Estados Unidos.
Envolvido com o projeto há quase dez anos, César Barscevicius, 20 anos, disse que o torneio criou uma nova geração de jovens que vivem pesquisa e tecnologia o ano todo. “O brasileiro se destaca. Por não termos tantos recursos, acabamos usando mais a criatividade”, disse ele, que ganhou campeonato na Europa em 2010.
Todos os estudantes ouvidos pela Agência Brasil disseram que pretendem seguir na área de tecnologia, especialmente pela possibilidade de bons empregos e de “criar coisas novas que não precisam de manual”.
Fonte: Agência Brasil. Disponível Aqui, 09/03/2013. E G1: Disponível Aqui Fotos: reprodução/TV Tem)