Aos 74 anos, a atriz Jane Fonda desafia o tempo ao lançar “O Melhor Momento”, livro em que mistura relatos de experiências pessoais com pesquisas teóricas sobre envelhecer bem. Ela conversou com o Metro sobre sua juventude, sua relação com a internet e com seu pai, o ator Henry Fonda (1905-1982).
Os anos 1960 foram bem particulares para ela: “Vivi na França durante o período, então minha visão é mais global. Era um tempo de transição no mundo inteiro, e não só por causa da Guerra do Vietnã ou da pílula anticoncepcional. Não sou socióloga, então não sei porque em quase todo o mundo houve algum tipo de levante. Os anos 1960 foram sobre divergências geracionais. Já os anos 1950 foram sempre muito mais idealizados.”
Sua relação com a internet começou tarde: “A tecnologia mudou tudo. Isso fica muito mais claro no exterior, com a Primavera Árabe e tudo mais. Mexi num computador pela primeira vez aos 58 anos e comecei a blogar aos 71 anos. Como tudo era muito novo para mim, achei que, de repente, minha vida ficou muito imediatista. Isso me preocupou, porque estudo zen budismo e creio em viver o momento. Mas vi que blogar me ajudou nesta meta.”
Os jovens de hoje não protestam como antes: “Uma das coisas realmente interessantes do movimento Occupy é que nele não há líderes. Durante a Guerra do Vietnã, havia várias organizações, cada uma com seu chefe – a maioria, homens. Eu casei com um deles. E hoje não é mais assim. Aí que reside a beleza da coisa.
Ela não aprendeu nada sobre atuação com o pai, Henry Fonda: “Nunca consegui fazê-lo falar comigo sobre atuação. Aprendi sobre a vida assistindo aos filmes dele, como “As Vinhas da Ira” e “Doze Homens e Uma Sentença”. É o que fez de mim o que sou. Mas, de certa forma, aprendi mais com Katherine Hepburn (1907-2003).”
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