Estudo recente com 350 voluntários realizado pelo Rush Alzheimer’s Disease Center e publicado na “Neurology”, identificou que perdas precoces de memória podem ser resultado das mesmas lesões causadas pela doença de Alzheimer e não ao fato de envelhecer, pois este não causa lapsos de memória. Portanto, este estudo confirma que lapsos cognitivos não são acometimentos naturais no processo de envelhecimento.
Outro estudo, também recém apresentado numa conferência internacional no Havaí, demonstrou outra metodologia para detectar a doença de Alzheimer: um novo exame de imagem cerebral para detecção de placas, o sinal físico característico da doença. A forma mais tradicional para auxiliar o diagnóstico do Alzheimer tem sido testes de memória, avaliações do raciocínio e capacidade de autocuidado. Mesmo assim, os especialistas se certificam do diagnóstico na contagem de placas microscópicas da proteína amilioide beta na superfície do cérebro que é responsável pela aprendizagem e memória, nas autópsias.
Este novo método foi apresentado pela empresa Avid Radiopharma, Philadélfia, a partir do contraste radioativo que desenvolveu para identificar essas placas em tecidos cerebrais vivos. A equipe comparou análise de exames radiológicos de 35 cérebros vivos de quem morava em casas de repouso e com previsão de morte em 6 meses com a contagem manual microscópica dessa proteína por patologistas, e com a contagem computadorizada das mesmas placas nas autópsias, após a morte desses pacientes. Os patologistas e o radiologista não sabiam se os indivíduos tinham algum tipo de demência, ou o Alzheimer. Houve coincidência de número de placas e identificação na doença em 34 de 35 pacientes e para todos os tipos de diagnóstico usados pelo estudo. O desafio agora é saber se os exames prevêem precisamente o Alzheimer antes de os primeiros sintomas aparecerem.
Este estudo foi publicado pelo The New York Times e reproduzido aqui no Brasil pelo jornal Folha de S.Paulo (Equilíbrio e Saúde). Infelizmente em ambos observamos como erroneamente colegas da grande imprensa continuam chamando a Doença de Alzheimer de “Mal” de Alzheimer. Até quando?
Muitas pesquisas sugerem que indivíduos com Alzheimer apresentam níveis reduzidos de insulina. A equipe de Suzanne Craft, Universidade de Washington, Seattle, estudou a relação entre aplicar insulina diretamente no cérebro e observar melhoras significativas na memória de pacientes não diabéticos, com Alzheimer ou com comprometimento cognitivo leve. Um terço dos 109 pacientes receberam placebo e doses diferentes de insulina via nebulizador duas vezes ao dia por quatro meses. Enquanto pacientes que receberam a menor dose de insulina apresentaram melhorias em alguns testes de memória, 15 tratados com insulina mostraram resultados tanto no aumento da memória quanto nas medidas de proteínas-chave relacionadas ao Alzheimer.
As matérias publicadas na grande mídia sobre estes estudos poderão ser lidas clicando nos endereços a seguir: Disponível Aqui/Aqui/Aqui