II CIEF disponibiliza Catálogo de Pesquisas 2025 com os destaques das palestras

II CIEF disponibiliza Catálogo de Pesquisas 2025 com os destaques das palestras

Devido à impossibilidade de muitos comparecerem ao II CIEF, um Catálogo com resumos das pesquisas e falas de pesquisadores convidados foi disponibilizado.


Hoje iniciamos o II Congresso Internacional Envelhecer com Futuro (II CIEF), no Expo Center Norte, em São Paulo. Entre hoje e amanhã, o público conhecerá resultados de pesquisas inéditas (ver Catálogo de Pesquisas 2025 abaixo), desenvolvidas durante 2025, e selecionadas via o Edital Acadêmico de Pesquisa Envelhecer com Futuro, promoção do Itaú Viver Mais em parceria com o Portal do Envelhecimento e Longeviver desde 2021.

Como muitos não poderão estar presentes presencialmente, elaboramos o Catálogo de Pesquisas 2025, contendo o resumo das pesquisas e falas dos convidados, destaques do II Congresso Internacional Envelhecer com Futuro.

O II CIEF defende a superação da visão do “ônus do envelhecimento” em favor do “bônus da longevidade”, enxergando a transição demográfica como uma oportunidade para vidas mais longas, saudáveis e participativas.

No campo dos direitos e políticas públicas, os estudos contidos no Catálogo apontam para a importância de compreender a articulação entre o jogo de poder e as ações de governo. A experiência do Uruguai indica que uma abordagem crítica, que amplia o conjunto de atores envolvidos, confere maior estabilidade e sustentabilidade às políticas. No Brasil, a análise do papel do Supremo Tribunal Federal é considerada relevante para a consolidação dos direitos fundamentais da pessoa idosa e para a efetividade do Estatuto da Pessoa Idosa.

Além disso, são investigados os dilemas da Política Nacional do Cuidado e o processo de judicialização da assistência. As pesquisas também apontam desafios emergentes. A exclusão digital é um deles, limitando o exercício pleno de direitos em uma sociedade cada vez mais tecnológica e tornando o letramento digital uma condição indispensável para a cidadania. Outro ponto crítico é a vulnerabilidade de pessoas idosas diante de desastres climáticos, o que exige estratégias de comunicação de riscos mais inclusivas por uma questão de justiça social e direitos humanos. A falta de mensagens adaptadas pode agravar os impactos sobre esse grupo, que enfrenta condições de saúde delicadas, mobilidade reduzida e redes de apoio fragilizadas.

A diversidade das velhices é um tema central, com forte ênfase na interseccionalidade. Estudos abordam as especificidades do envelhecimento de homens cisgêneros gays e de mulheres lésbicas, cujas trajetórias são marcadas por contextos de repressão, impactando suas redes de apoio e saúde. Reconhecer essas histórias é fundamental para combater desigualdades e direcionar políticas públicas mais eficazes. Afinal, o idadismo não ocorre de forma isolada, mas se soma a outros marcadores como gênero, raça e classe, intensificando vulnerabilidades, especialmente em municípios de pequeno porte. Também se destaca a necessidade de dar visibilidade à “velhice autista”, um tema pouco explorado que revela a urgência de políticas intersetoriais para assegurar autonomia e dignidade.

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O Catálogo apresenta estudos com abordagens inovadoras, como a musicoterapia intergeracional, investigada como uma prática acessível com potencial para gerar benefícios psicossociais. Iniciativas como a “Favela Compassiva” são vistas como vanguardistas ao tratarem o envelhecimento e os cuidados paliativos como responsabilidades de toda a comunidade, e não apenas do Estado ou do setor privado. Em conjunto, as pesquisas fortalecem a agenda da Década do Envelhecimento Saudável da ONU, reforçando o dever do Estado de assegurar dignidade, autonomia e participação social a todas as pessoas idosas.

Esperamos que este Catálogo de Pesquisas 2025 seja uma ferramenta para pesquisadores de todas as áreas; formuladores e gestores de políticas públicas; estudantes; autoridades de proteção e defesa civil; órgãos de controle, como os conselhos de pessoas idosas, de saúde, assistência, arquitetura e urbanismo; profissionais; educadoras/es; organizações da sociedade civil; movimentos sociais; e órgãos governamentais.

Confira na íntegra o catálogo abaixo ou na página do Itaú Viver Mais ou ainda aqui.


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