Estudo mostra que idosos são 5 vezes mais propensos a ter altos níveis de sódio do que aqueles que vivem em suas próprias casas porque bebem menos líquido por temerem que ninguém os ajude a ir ao banheiro ou por causa das recomendações de alguns profissionais de saúde que pedem para evitar molhar a cama. Em ambos os casos eles acabam bebendo menos líquido.
Pesquisa realizada pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Inglaterra, revela que pessoas idosas que vivem em instituições de longa permanência são mais propensas à desidratação do que aquelas que vivem em suas casas ou com um membro da família. O estudo foi publicado no Journal of the Royal Society of Medicine.
Um dos pesquisadores, Martin McKee, lembra que a desidratação pode causar aumento dos níveis de sódio no sangue, e consequentemente pode aumentar o risco de morte em caso de hospitalização. Segundo ele, a importância do estudo está em assegurar que as pessoas idosas institucionalizadas recebam ajuda ao beber água.
McKee e sua equipe analisaram dados de mais de 21.000 pessoas com mais de 65 anos que estavam hospitalizadas entre 2011 e 2013 por “n” motivos. Desse total, 432 pacientes foram internados com altos níveis de sódio e 1.413 acabaram morrendo durante a internação.
Ao estudar esses casos, os pesquisadores descobriram que os pacientes que viviam em uma residência para idosos eram 5 vezes mais propensos a ter altos níveis de sódio do que as pessoas que viviam em suas próprias casas. A desidratação, independentemente de onde eles viviam, aumentou em 5 vezes as chances deles morrerem durante a internação.
McKee declarou que o estudo não analisou as razões porque as pessoas idosas que vivem em lares de idosos têm maior risco de desidratação, embora estudos anteriores tenham sugerido que a causa pode ser porque bebem menos líquido por temerem que ninguém os ajude a ir ao banheiro ou por causa das recomendações de alguns profissionais de saúde que pedem para evitar molhar a cama. Em ambos os casos eles acabam bebendo menos água.
Fonte: Journal of the Royal Society of Medicine (2015); doi: 10.1177/0141076814566260