Maria Luiza Fenner viveu no dia 4 de novembro mais um dia de alegrias. Por volta das 19h, sentou-se à mesa para comer bolo e tomar chá com familiares e amigos para comemorar 103 anos de vida.
Florianopolitana e passando temporada na casa da filha Maria Ester Fenner Kretzer, em São José, faz parte dos 277 catarinenses contados pelo IBGE com mais de 100 anos. Com boa saúde, lúcida e cercada de carinho, Maria Luiza deve começar com a sua rotina.
– Com 103 anos, Maria Luiza Fenner, de Florianópolis, faz parte da população idosa recenseada
“Acordo por volta das 5h, ligo a TV e rezo o terço. Depois, pego o jornal para ler (sem óculos). Leio tudo. Se os netos querem saber sobre política, eu conto como estão as coisas. Quando o jornal não chega, passo a mão no telefone e reclamo”.
E foi por esta ousadia que a reportagem do Diário Catarinense localizou Maria Luiza justamente no dia em que o IBGE confirmaria a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD): o catarinense está vivendo mais. Pela manhã ela ligou para a redação.
“Estou fazendo 103 anos. Quer dizer, são 107 pois naquela época os pais deixavam nascer três, quatro filhos para registrar. Hoje não, se demorar é obrigado a fazer DNA”.
Maria Luiza cursou somente o 3º ano do antigo primário. Casou-se aos 19 anos e teve duas filhas. Seu casamento durou 50 anos, até que ficou viúva de Frederico Geraldo Fenner, um ferreiro que ajudou a construir a Base Aérea de Florianópolis. Foi um casamento feliz, confirma a filha:
“Eu fui criada dentro do amor” — conta a pedagoga Maria Ester.
Maria Luiza é independente. Mora em casa própria e só (ao lado de um familiar), assume suas despesas e dá conselhos sobre a criação dos jovens:
“Não aceito que culpem os adolescentes de serem mal educados. São ainda barco sem leme na vida e cabe aos mais velhos governá-los”.
Assista o vídeo “As histórias de Dona Maria, de 103 anos”, acessando o link Aqui
Fonte: Acesse Aqui DIÁRIO CATARINENSE – Créditos de imagem: Guto Kuerten