Hospital São Paulo orienta sobre cuidados após alta hospitalar

O Programa de Otimização da Alta Hospitalar, implantado no Hospital São Paulo pelo Serviço de Atenção Psicossocial Integrada em Saúde (SAPIS), já está funcionando. Duas psicólogas e três terapeutas ocupacionais visitam as enfermarias de Neurologia (clínica e cirúrgica), Cirurgia Vascular e Ortopedia para orientar os pacientes e familiares sobre os cuidados após a alta.

 

 

Os cuidados ao sair do hospital como fazer um curativo, que tipo de fisioterapia procurar; quais equipamentos ter em casa para facilitar o dia-a-dia ou como reagir a crises de depressão, ajudam na recuperação e na prevenção de situações que aumentam a ansiedade, causam estresse e podem até impedir o sucesso do tratamento.

O programa tem reduzido as carências de informações e conscientizado, principalmente, os familiares sobre a importância da recuperação em casa, já que em muitos casos, esse período de intensos cuidados pode representar o início de um grande problema, principalmente, se a recuperação for de doenças que podem deixar seqüelas.

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As psicólogas e terapeutas ocupacionais do programa visitam os pacientes e orientam os familiares nas enfermaria, onde são freqüentes os casos de amputação, lesões neurológicas, fraturas e imobilizações. O contato é feito com a equipe de cada enfermaria, que encaminha pacientes em condições de receber alta e que possam enfrentar dificuldades de reintegração social, reabilitação física e ajuste emocional. A freqüência dos atendimentos varia de acordo com a gravidade do caso, o tempo de internação e as condições sociais e emocionais do paciente e seus familiares.

O projeto piloto teve início em 2003 e, agora, foi estendido aos demais setores.
“A internação hospitalar é uma situação de intensa mudança, especialmente para aqueles que sofrem perdas e/ou seqüelas que comprometem a autonomia e alteram o desempenho de seu papel social”, declara o coordenador do SAPIS, Mario Alfredo De Marco.

Pesquisa

Segundo De Marco, a idéia de desenvolver o programa surgiu de uma pesquisa do próprio SAPIS que verificou que os pacientes pouco sabem sobre a importância e os benefícios dos tratamentos que estão seguindo, bem como sobre os efeitos secundários da doença. No estudo 73% dos pacientes com alta afirmavam ter recebido apenas informações sobre os medicamentos que passariam a consumir. No mesmo grupo, 97% gostariam de ter mais orientação psicológica.

A equipe médica constatou ainda que nem sempre a alta é prevista com antecedência e que as pessoas não têm tempo de se organizar para uma nova rotina e para cumprir adequadamente o tratamento. De acordo com a coordenadora do Programa de Otimização da Alta, Renata Novaes Pinto, é importante lembrar que intervenções clínicas e cirúrgicas, embora tecnicamente bem-sucedidas, podem ter resultados comprometidos pela falta de continuidade dos cuidados. “O Programa de Otimização da Alta Hospitala busca promover não somente um atendimento direto às necessidades de cada situação, mas promover uma mudança de mentalidade, favorecendo o reconhecimento e a importância da integralidade nos cuidados em saúde”, conclui Renata Novaes.

Fonte: Acesse Aqui. Disponível em 19/04/2005

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