Estudo revela os benefícios das conexões sociais, fortes e fracas, no fim da vida

Embora os pesquisadores reconheçam a importância dos laços próximos, o estudo demonstrou que laços mais fracos oferecem benefícios importantes no fim da vida.


O que nos beneficia mais ao envelhecermos, os relacionamentos íntimos ou as conexões sociais mais fracas? Esta é a pergunta norteadora de um estudo recente norte-americano que examinou a associação de longo prazo entre diferentes tipos de laços sociais e bem-estar emocional. Laços próximos foram definidos como “pessoas de quem você se sente tão próximo que é difícil imaginar a vida sem eles”.

Os laços mais fracos incluíam “pessoas de quem você pode não se sentir tão próximo mas que ainda são muito importantes para você” e “pessoas que você ainda não mencionou, mas que são próximas e importantes o suficiente em sua vida para que devam ser colocadas em sua rede pessoal”.

Os dados do estudo foram da Pesquisa de Relações Sociais, uma investigação longitudinal representativa da área metropolitana de três condados de Detroit (EUA). As informações foram coletadas em 1992, 2005 e 2015. Participantes do estudo original com pelo menos 40 anos de idade foram incluídos nesta análise, excluindo indivíduos com uma rede social particularmente grande (20 ou mais pessoas), para um total de 802 entrevistados.

A pesquisa ganhou o bronze de Pesquisa Inovadora sobre Envelhecimento em 2020, nos Estados Unidos.

Para medir o bem-estar emocional foram avaliados o humor positivo e o humor deprimido. Os pesquisadores Oliver Huxhold,  Katherine L. Fiori, Noah J. Webster e Toni C. Antonucci, levantaram a hipótese de que, com o tempo, manter um maior número de relações sociais próximas estaria mais fortemente associado a baixos níveis de humor deprimido do que manter um grande número de laços mais fracos.

Eles também levantaram a hipótese de que, a longo prazo, ter um grande número de laços mais fracos impactaria o humor positivo mais do que um número maior de laços próximos.

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Entre as descobertas, o estudo determinou que ter um maior número de laços mais fracos no início do estudo estava relacionado a uma melhor manutenção do número de laços mais próximos na vida. Os pesquisadores acreditam que investir em laços mais fracos pode compensar a perda de laços mais próximos mais tarde.

Os pesquisadores também descobriram que um número maior de elos mais fracos estava mais fortemente associado ao humor positivo e ao humor menos deprimido mais tarde na vida do que o número de laços próximos.

Embora os autores reconheçam a importância dos laços próximos, o estudo demonstrou que laços mais fracos oferecem benefícios importantes para os idosos.

Referência

Huxhold O, Fiori KL, Webster NJ, Antonucci TC. The strength of weaker ties: An underexplored resource for maintaining emotional well-being in later life. The Journals of Gerontology: Series B; (2020); Feb 14.


Sofia Lucena

Estudante de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (SP). Mestre em Inovação e Design Testado por Usuários pela ENSGSI, na França. Com certificado Cambridge de proficiência em inglês e DELF B2 francês, colabora com o Portal do Envelhecimento fazendo traduções de temas relacionados à longevidade humana. E-mail: [email protected]

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Estudante de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (SP). Mestre em Inovação e Design Testado por Usuários pela ENSGSI, na França. Com certificado Cambridge de proficiência em inglês e DELF B2 francês, colabora com o Portal do Envelhecimento fazendo traduções de temas relacionados à longevidade humana. E-mail: [email protected]

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