Envelhecimento continua alvo de cura por cientistas

Envelhecimento continua alvo de cura por cientistas

Em fevereiro de 2011 a revista Galileu (foto) trazia em letras garrafais a seguinte manchete de capa “A CURA DO ENVELHECIMENTO”. Logo abaixo o seguinte texto: “Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar doenças e regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para nos manter com aparência jovem para sempre”.

 

A reportagem, assinada por Priscilla Santos, Bruna Fasano e Willian Okada, logo na primeira página, assinalavam que “Os cientistas do século 21 vêm perseguindo o fim da maior causa de morte do mundo: a velhice” …, porque “O risco de doenças fatais dispara após os 60 anos… Por isso, os cientistas e os laboratórios – incentivados pela humanidade na busca da eterna juventude – lutam para evitar que as pessoas cheguem nesse estágio, em que “já estamos mais fracos e vulneráveis a doenças”.

Nessa mesma revista o biomédico e gerontologista Aubrey de Grey – bola da vez da mídia em matéria de longevidade -, já assinalava que em 2030, estaremos vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil aniversários já nasceram. Em julho ele volta à mídia para dizer que nos próximos 25 anos “os médicos poderão ter em mãos todas as ferramentas para curar ou combater o envelhecimento, acabando com as doenças que chegam com a idade e também prolongando a vida dos indivíduos”. Segundo ele, o envelhecimento não passa de uma acúmulo de danos moleculares e celulares.

A proposta é utilizar a geriatria preventiva, que servirá como uma forma de reparar os danos no corpo antes que ele cheguem a um nível de abundância patogênico. A pesquisa segue a tendência de envelhecimento observada nos últimos anos. No Japão, já são mais de 44 mil centenários. Todos os anos, a expectativa de vida sobre três meses. Especialistas acreditam que em 2030, o mundo terá mais de um milhão de pessoas que passaram dos cem anos de idade.

Exercícios são aliados para viver melhor

Enquanto as revistas brasileiras trazem esse tipo de matérias, outras trazem uma espécie de “receitas” que ajudam a se ter uma vida longa com dignidade. Uma delas, reportagem do jornal O São Gonçalo, do município de mesmo nome no Rio de Janeiro mostra casos de idosos que encontraram na musculação, caminhada, corrida, ioga, um forte aliado para aumentar a expectativa de vida e viver melhor. Com relatos de idosos que se sentem bem melhor do que quando eram sedentários, o texto mostra também a diferença entre os exercícios praticados por jovens – para ficar sarados – e os praticados por pessoas mais velhas, com o intuito de fortalecer os músculos, manter-se equilibrado, evitar quedas, controlar a pressão arterial, entre outros benefícios.

Chama atenção especial o depoimento de Ormezinda Garcia Lepore, de 92 anos. nascida em São Gonçalo e cidadã niteroiense. Sentada na sala de exercícios, muito bem maquiada, cheirosa e arrumada, ela, logo que avista a equipe de reportagem, já se levanta e começa a contar sobre sua vida e a importância do exercício em sua vida. “Na minha época de estudos, as escolas públicas eram muito boas e a ginástica era obrigatória. Então, sempre fiz exercício, jogava vôlei, caminhava. O exercício sempre foi uma coisa presente na minha vida. Mas, com o tempo, eu senti que estava com fraqueza nas pernas e meio tonta, como que andando torto, sem direção. Depois de quatro anos aqui, não me sinto velha aos 92 anos. Boto minhas netas no chinelo”, diverte-se.

Ormezinda Garcia mora sozinha, segundo ela por opção, e tem uma vida completamente ativa e diz que para viver bem, tem uma simples receita. “Tenho uma vida completamente independente, saio para jantar com o pessoal daqui (do projeto), faço minha comida. Eu adorei todas as fases da minha vida e não há mistério para chegar aos 92 anos bem como eu. É só não fumar, não beber, fazer exercício físico e comer bem como eu”, simplifica ela, em texto de Paulo Victor Magalhães.

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Trabalhar duro pode contribuir para uma vida longa e com saúde
Interessante reportagem na revista Marie Claire, da editora Globo, publicada no dia 30 de junho, derruba um dos mitos da vida longa: trabalhar duro, ao contrário do que se pensa, pode proporcionar saúde, bem-estar e longevidade.

A novidade é fruto de uma pesquisa, divulgada recentemente nos Estados Unidos (The Longevity Project: Surprising Discoveries for Health and Long Life).

O estudo derruba inclusive a influência de dietas, remédios e suplementos em exagero na busca pela longevidade. “Nossa sociedade gasta uma fortuna em dietas, remédios e suplementos, mas na verdade isso tudo tem pouquíssimo efeito na longevidade das pessoas”, disse Friedman para a Marie Claire inglesa.

Segundo ele, o traço mais marcante entre todos os voluntários que viveram mais tempo e de forma mais saudável era seu estilo de vida: tinham personalidades fortes, eram dedicados à carreira e à vida social na mesma medida. “Ter uma ampla rede de amigos, fazer atividades físicas que deem prazer em vez de se forçar a ir à academia, interagir com a comunidade, sentir prazer com a profissão e ter um casamento feliz ou amizades próximas e confiáveis é o que, na verdade, nos faz viver mais e melhor”, conclui.

Por fim, o texto traz alguns dos segredos que o cientista aponta como importantes para uma vida longa e feliz. Vale a pena conferir na edição online.

Segredos da vida longa em ilha grega: peixe, café e a sesta
Na ilha de Ikaria, na Grécia, a longevidade parece ser conquistada com uma alimentação composta por peixe, legumes, azeite de oliva e, quem diria, café fervido.
O lugar possui dez vezes mais nonagenários do que no resto da Europa. Os hábitos foram analisados por cardiologistas. Também vale lembrar o descanso obrigatório depois do almoço, a conhecida sesta.

Maiores informações podem ser obtidas nos seguintes links Aqui. Notícias BR, 05/07/11.

O São Gonçalo, 09/07/11: Acesse Aqui 

Marie Claire, 30/06/11: Acesse Aqui

AFP, 13/07/11: Acesse Aqui

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