Um asilo clandestino foi fechado recentemente em Jacareí. Seis idosos estavam no local e viviam em condições precárias de higiene e alimentação.
A entrada da equipe de reportagem da VNews não foi autorizada no asilo que fica no bairro Jardim Independência.
Em fotos cedidas pela OAB, era possível ver a falta de higiene do local: o banheiro não tem adaptações de segurança – como barras de apoio nas paredes, os remédios estão misturados em uma caixa e sem nenhuma identificação, falta alimentação adequada e os produtos estão armazenados de qualquer jeito
As condições eram sofríveis, a alimentação era precária e o local não tinha licença pra funcionar”, afirma o diretor da Vigilância Santitária, Ricardo Buchaul.
Somente uma funcionária tomava conta de seis idosos. Ela assume que não tem formação profissional para isso. “Eu cuido, troco fralda, faço tudo, mas não tenho formação”, contou.
A cozinheira Maria do Carmo tentou internar a mãe no asilo, mas ficou chocada com o que viu. “Sujeira, não tinham frutas, sucos, muito triste”, relata Maria do Carmo Bezerra. O mesmo asilo já funcionou em outra casa do bairro Jardim Jacinto. No ano passado, foi multado pela prefeitura e fechou as portas. Dessa vez, a situação se repete.
Foram constatados tantos problemas na nova unidade que não há como dar um prazo para regularizações. Por isso, em reunião com a promotoria, Vigilância Sanitária e Conselho do Idoso as proprietárias concordaram com o fechamento do asilo. Os idosos devem ser transferidos ainda essa semana.
Uma das donas do estabelecimento saiu do Ministério Público sem dar entrevista. “Elas alegam dificuldades financeiras, mas concordaram em fazer a desativação do local e fornecer os documentos necessários pra que a nova instituição comece a funcionar”, informa o promotor de Justiça José Luiz Bednarski.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB vai agora fiscalizar como está o atendimento aos idosos na cidade. “Verificar irregularidades e se precisar, interditar o local”, diz o membro da comissão Antônio José Ferreira. As proprietárias foram multadas em R$ 3.500,00 e ainda vão responder processo criminal por maus tratos.
Fonte: VNews, 14/02/11. Disponível Aqui