Coração artificial será testado em cinco pacientes

São Paulo vai começar a testar em humanos um coração artificial totalmente nacional. O coração artificial será implantado no paciente e conectado ao coração natural. Ele funciona com uma bateria que fica presa ao corpo, do lado de fora, e que precisa ser trocada a cada duas horas. O único risco que existe é o de coagulação do sangue dentro do aparelho, o que será controlado com medicação anticoagulante diariamente. A boa notícia é que não há risco de rejeição.


O teste foi autorizado pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em cinco pacientes com cardiopatias graves, que estão na fila do transplante de coração, não respondem mais ao tratamento com drogas e correm risco de morte.

O coração artificial não substituirá o órgão natural e funcionará como um auxiliar ao coração doente, para que o paciente consiga esperar pelo transplante em melhores condições clínicas. Por questões de segurança, os cinco pacientes não terão o aparelho implantado, eles ficarão internados e o dispositivo ficará preso do lado de fora do corpo para poder ser monitorado 24 horas.

O desenvolvimento do aparelho começou em 1998 e foi idealizado pelo engenheiro Aron José Pazin de Andrade, responsável pelo centro de bioengenharia do instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Em 2004, a equipe iniciou os testes em bezerros.

O coração artificial, que é novidade no Brasil, já é muito usado em vários lugares do mundo. Há casos de pacientes que vivem com o aparelho há oito anos e que se adaptaram tão bem que não querem mais ser transplantados.

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Custos

O preço de um coração artificial importado chega a R$ 500 mil enquanto que o produto nacional vai custar em torno de R$ 60 mil. O objetivo do projeto é baratear o custo do aparelho nacional para que o SUS passe a indicar o seu uso com mais frequência. Em declaração à imprensa, Reginaldo Cipullo, cardiologista clínico do setor de transplantes, disse que hoje há 99 pacientes na fila do transplante em todo o estado, sendo 37 na capital e que o índice de morte na fila de espera é de 55%. Segundo ele, dos 55%, o aparelho seria útil para cerca de 80%. Ele acredita que o aparelho fará a fila de transplante cair.

Referências

Jornal da Ciência 4475. Hospital vai testar uso de coração artificial. Disponível Aqui. Acesso em 12/04/2012

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