Como se preparam para a aposentadoria os executivos do varejo?

Valendo-se como instrumento de pesquisa de perguntas semi-estruturadas, Vanessa considerou, como diferencial, a subjetividade dos sujeitos envolvidos nestes processos.

Maria Lígia Pagenotto *

 

Sua pesquisa, intitulada Papéis Ocupacionais e Senioridade, contou com a orientação da professora doutora Suzana Medeiros, um das precursoras da gerontologia como tema de interesse acadêmico no país.

Segundo a pesquisadora, que traçou com muita determinação e afinco sua trajetória pela gerontologia, os resultados obtidos com o estudo apontam para a importante mudança de papéis do sujeito que se aposenta. Isso nos leva, sem dúvida, a refletir sobre propostas de promoção da autonomia ao longo da carreira profissional, entre outras questões.

Confira um pouco do trabalho realizado por Vanessa.

Portal: Por que decidiu fazer mestrado em gerontologia?
Queria me aprofundar no tema, e por diversas razões escolhi a PUC-SP pela tradição e qualidade da instituição e pelo enfoque humanístico.

Como se decidiu pelo seu tema de pesquisa?
O tema surgiu da demanda de atendimentos e correlação com observações do cotidiano, em que eu percebia o sofrimento dos sujeitos que se aposentavam e, às vezes, até adoeciam após a aposentadoria, mesmo que continuassem com uma renda financeira igual ou superior ao período em que trabalhavam. Estas situações associadas ao acesso ao instrumento de terapia ocupacional, utilizado na pesquisa, foram essenciais para a escolha do tema “Papéis Ocupacionais e Senioridade”.

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Portal: Que desdobramentos esta pesquisa teve na prática?
A pesquisa tem servido como referencial para vários estudantes que se interessam pelo tema da aposentadoria, tanto na gerontologia, como na terapia ocupacional e na administração. Tenho prestado assessoria a instituições públicas e privadas sobre o envelhecimento e utilizado o instrumento com diferentes populações, não apenas na saúde. Meu intuito é transformar a cultura das organizações, apontando para a necessidade do contato com as discussões sobre o envelhecimento no trabalho. Sempre equilibrando isso com a vida cotidiana, os afazeres pessoais.

Portal: O que o mestrado e a pesquisa contribuíram para a sua vida pessoal e profissional?
A mudança de visão do mundo, o contato com as “humanidades” e com um jeito de pensar com mais complexidade fizeram toda diferença na vida pessoal e profissional, uma evolução notável. A elaboração do memorial, para a qualificação da dissertação, concretizou todo este processo evolutivo, possibilitando uma reflexão profunda sobre o sentido desta pesquisa.

Portal: Quais são seus próximos passos na vida acadêmica a partir deste mestrado? E na vida profissional?
Pretendo iniciar a docência, mas antes disso preciso me organizar para buscar as oportunidades. Também estou estruturando o projeto do doutorado.

Portal: Quais as principais dificuldades encontradas durante o mestrado? Como conseguiu superá-las?
A adaptação à rotina intensa de estudos, elaboração de artigos, participação em congressos, juntamente com a rotina profissional e a vida familiar foi um processo difícil de ser ajustado, mas, com o apoio familiar e dos novos e maravilhosos amigos conquistados no mestrado, as dificuldades foram amenizadas e as atividades se tornaram divertidas e prazerosas.

Portal: O que diria para quem está começando a fazer o mestrado na área?
Abra seu coração, sua cabeça e desfrute do excesso de vida, tudo o que o curso pode lhe oferecer. Leia, pergunte, questione, discuta, participe.

Clique aqui e acesse a pesquisa na íntegra: Disponível Aqui

Maiores informações sobre a pesquisa, contatar a autora pelo e-mail: [email protected]

* Maria Lígia Pagenotto é jornalista e mestre em Gerontologia pela PUC-SP. É membro associado do OLHE – Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento e integra a Equipe Portal. E-mail: [email protected]

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