A velhice começa aos 66 anos, foi a resposta da média global do entrevistados pela Ipsos em 30 países. Quanto mais as pessoas envelhecem, maior a probabilidade de definirem a velhice como algo que começa mais tarde. A variação entre os países também é significativa. No Brasil, uma pessoa é considerada velha ou velho a partir dos 64 anos.
Quanto mais as pessoas envelhecem, maior a probabilidade de definirem a velhice como algo que começa mais tarde. Os que têm entre 16 e 24 anos, por exemplo, acreditam que a velhice começa aos 61 anos. A idade aumenta para 72 no grupo dos que têm entre 55 e 64 anos de idade. A variação entre os países também é significativa. Na Espanha, em média, uma pessoa só será considerada velha aos 74 anos, enquanto na Arábia Saudita e na Malásia a velhice começa quase duas décadas antes, com 55 e 56 anos, respectivamente. No Brasil, uma pessoa é considerada velha a partir dos 64 anos.
Se o surgimento dos cabelos brancos é uma indicação de envelhecimento bastante aleatória, a idade também é. O Instituto de Pesquisas Ipsos analisou as percepções de idosos em 30 países.
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Cartão do idoso, assento reservado em transporte público, propaganda de seguros funerários … Assim que se completa 60 anos, a sociedade não perde tempo para nos fazer entender que estamos envelhecendo. Mas com que idade nos sentimos realmente velhos? O Instituto de Pesquisas Ipsos tentou responder a essa pergunta entrevistando 10.788 pessoas de 16 a 64 anos e de 30 países diferentes como parte de um estudo sobre as percepções do envelhecimento, realizado online, de 24 de agosto a 7 de setembro de 2018.
69 anos de idade. Não mais nem menos. No alvorecer dos seus 70 anos, os franceses já consideram que pertencem a classificação “velha”, três anos a mais que a média dos países estudados pela Ipsos. O estudo ilustra perfeitamente as diferenças de cultura em relação ao envelhecimento. Na Espanha, uma pessoa “se torna velha” aos 74 anos, em contrapartida, na Arábia Saudita isso acontece aos 55 anos.
No geral, esse estágio fundamental da vida continua difícil de aceitar para a maioria dos entrevistados.
A França, em particular, está entre os países mais pessimistas em relação ao envelhecimento. Quatro em cada cinco franceses teriam dificuldade em compreender esse estágio da vida. “Para alguns, é um declínio e um péssimo rebaixamento social, porque eles deixam um mundo onde eles se sentiam existir e reconhecidos”, observa Serge Guérin, sociólogo especialista do assunto, na nova revista trimestral Insight Tank de l’Ipsos.
Para outros, pelo contrário, é libertação; eles finalmente serão capazes de fazer o que sua vida profissional os proibiu de realizar, viver sua paixão. Na Índia, por exemplo, onde a longevidade é sinônimo de sabedoria, 73% dos entrevistados vêem com bons olhos os anos que passam.
A solução para lidar melhor com o envelhecimento? Boa preparação física e mental.
Na França, quase metade das pessoas entrevistadas insistem em exercícios regulares e alimentação equilibrada para manter a forma e também na importância de manter um bom círculo de amigos quando se aposentam. “Na verdade, esses são desafios reais ou difíceis esforços”, conclui Yves Bardon, diretor do programa Flair no Ipsos Knowledge Center. Envelhecer (bem) não é fácil e os franceses estão cientes disso”.
Outras questões das entrevistas realizadas podem ser lidas aqui.Tradução livre realizada por Sofia Lucena.