Como parte do projeto de acessibilidade, ruas com pisos de pedras muito grandes foram niveladas, rampas e declives foram criados, inclusive na área do Muro Ocidental, e barras manuais foram instaladas em escadarias e passagens difíceis.
Jerusalém não é conhecida por calçadas lisas, mas a cidade agora pode reivindicar quatro quilômetros de ruas acessíveis para cadeiras de rodas e carrinhos em sua cidade velha, frequentemente visitada. Renovações extensas foram feitas em cerca de 90% das ruas, calçadas e becos nos bairros muçulmano, armênio e cristão da Cidade Velha, disse Gura Berger, porta-voz do projeto.
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“É um projeto que está em andamento há cerca de 15 anos”, disse Berger. “É tudo sobre tornar uma cidade de 3.000 anos mais acessível, mas não é fácil de fazer.” A Cidade Velha foi construída durante os anos do Império Romano, com novas construções nos tempos dos Mamelucos e do Império Otomano. O resultado foram ruas irregulares, calçadas e escadarias que são difíceis de andar.
A maioria das ruas da Cidade Velha é estreita, muitas vezes com mini-rampas no meio, originalmente construídas para carrinhos de rodas usados para transportar mercadorias para dentro e para fora dos bairros.
Infelizmente, disse Berger, essas rampas não funcionam para cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê. “É impossível caminhar com cadeira de rodas”, disse ela. Ao mesmo tempo, os bairros da Cidade Velha estão prosperando, abrigando 40.000 moradores e dezenas de locais históricos.
Como parte do projeto de acessibilidade, ruas com pisos de pedras muito grandes foram niveladas, rampas e declives foram criados, inclusive na área do Muro Ocidental, e barras manuais foram instaladas em escadarias e passagens difíceis.
Há também um aplicativo de telefone gratuito chamado Accessible JLM-Old City disponível em oito idiomas, oferecendo navegação em tempo real ao longo das passagens. O aplicativo permite que qualquer pessoa com mobilidade reduzida, com um carrinho de bebê ou cadeira de rodas possa mapear uma rota acessível dentro da Cidade Velha.
O prefeito de Jerusalém, Moshe Lion, chamou a obra de “exclusiva para Jerusalém, abrindo caminho para cidades antigas ao redor do mundo”. Não está claro se a Cidade Velha de Jerusalém é o primeiro local antigo no mundo a realizar trabalhos extensivos para melhor acessibilidade.
O projeto NIS 20 milhões (cerca de US $5,5 milhões) foi financiado pelo Ministério de Jerusalém e Patrimônio e pela Autoridade de Desenvolvimento de Jerusalém, juntamente com o Ministério do Turismo, o Departamento de Acessibilidade do Município de Jerusalém, a Agência Nacional de Seguridade Social e a Autoridade de Antiguidades de Israel. Foi realizado pela Companhia de Desenvolvimento de Jerusalém Leste e assessorado por consultores de acessibilidade.
Fonte: texto escrito por Jessica Steinberg, e publicado no The Times of Israel. Tradução livre de Sofia Lucena, colaboradora do Portal do Envelhecimento.
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