De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 61.200 novos casos da doença no País em 2016. Trata-se do segundo câncer mais incidente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente na população masculina. Pela primeira vez um estudo, como um objetivo primário, está avaliando eventos adversos no coração como efeito colateral de um tratamento oncológico.
A cada ano cresce o número de casos de câncer de próstata no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 61.200 novos casos da doença no País em 2016 (1). Trata-se do segundo câncer mais incidente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente na população masculina.
A doença, na maioria dos casos, é assintomática em seu estágio inicial e, por isso, os sintomas começam a surgir apenas na fase avançada ou metastática. Outro ponto de atenção é a idade, pois três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, idade em que o paciente costuma ter outras doenças associadas como risco cardiovascular aumentado.
CONFIRA TAMBÉM:
“Como há um risco alto de doenças cardiovasculares em idosos com câncer de próstata, é fundamental que o estado de saúde do paciente seja levado em consideração para a escolha do tratamento mais adequado, especialmente se o indivíduo apresentar histórico de doença cardiovascular ou pertencer ao grupo de risco”, explica Ariane Macedo, cardiologista e Vice-Presidente do Grupo de Estudos em Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Estima-se que cerca de 30% dos pacientes com câncer de próstata possuam doenças cardiovasculares associadas. E, nestes casos, estudos demonstraram que o tratamento hormonal antagonista – um bloqueador dos receptores de GnRH – demonstrou a redução do risco de eventos cardiovasculares em 56% quando comparado às terapias agonistas através de uma metanálise.
O degarelix (Firmagon®), administrado como monoterapia, atua por meio do bloqueio direto da testosterona, fazendo com que o nível de supressão seja atingido dentro de um prazo de três dias após o início do tratamento, ao contrário dos agonistas que demoram, em média, de três a quatro semanas para suprimir a testosterona.
“O tratamento com o bloqueador degarelix proporciona diversos benefícios aos pacientes, como supressão rápida da testosterona e não ocorrência do flare clínico, ou seja, picos de hormônios que causam dores ósseas, compressão medular e outros comprometimentos de saúde resultantes do câncer de próstata avançado”, explica João Carvalho, urologista do Hospital Federal Cardoso Fontes (RJ).
Câncer de próstata
De acordo com dados do site do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, a próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
Nota
(1) Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de câncer no Brasil. Disponível Aqui